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mundo
16/01/2004
Fórum Social Mundial começa hoje sob críticas

MUMBAI - Os críticos dizem que virou uma espécie de Woodstock de esquerda. Os defensores acham que se trata de um avanço para a Humanidade. Depois de três versões bem sucedidas no Brasil, o Fórum Social Mundial (FSM) abre hoje sua quarta edição, em Mumbai, capital financeira da Índia, um pouco mais dividido mas ainda capaz de reunir a elite dos intelectuais de esquerda e 75 mil ativistas de cem diferentes países e de todas as correntes dos movimentos contra a globalização neoliberal.

Pela primeira vez, Lula não vai participar. Mandou o ministro das Cidades, Olívio Dutra, como seu representante e chefe da pequena delegação do governo brasileiro, que inclui o assessor especial Marco Aurélio Garcia e o ministro da Cultura, Gilberto Gil, que assumirá sua porção artista e fará um show de encerramento.

"Não acho estranho o companheiro presidente Lula não estar no Fórum. Ele não está por problemas de agenda mas seu governo estará", diz Dutra, a caminho de Mumbai.

Ausência
Alguns intelectuais que ajudaram a criar o Fórum Social, como o americano Noam Chomsky, o brasileiro Emir Sader, o paquistanês Tarik Ali, não vieram a Índia. Tarik Ali acha um absurdo o Fórum acontecer em Mumbai, num estado governado por um partido islâmico e de direita. Sader diz temer que a principal fundamentação do FSM, de criar alternativas reais para uma nova ordem mundial, fique perdida no agito de uma nova esquerda festiva.

O espírito de Woodstock marcará a primeira atividade do Fórum. Logo pela manhã, cerca de 700 jovens ativistas do Japão, Filipinas, Brunei e Cingapura, atracam o "Peaceboat" (Barco da Paz), na doca Indira Gandhi. O barco é um fórum itinerante, centro de debates em busca de alternativas para mostrar que "um outro mundo possível", como propõe o FSM.

O barco ficará ancorado apenas até amanhã, quando partirá para uma longa viagem de volta ao mundo, deixando uma pequena delegação que se incorporará ao Acampamento Mundial da Juventude, a cidade montada pela nova geração de ativistas a cada edição do FSM.

Além de música, discursos, banners e festas, o Fórum começa pedindo paz. O movimento dos jovens asiáticos reivindica uma área livre de bases nucleares no Noroeste da Ásia e o fim das bases militares internacionais dos Estados Unidos. À tarde, às 16h de Mumbai, será a abertura oficial do FSM, no recém-inaugurado Goregaon Exibition Grounds, que fica na periferia da cidade. Bandas de rock do Paquistão e da Índia pedirão o desarmamento nuclear aos dois países.

O FSM deve voltar ao Brasil, em sua quinta edição. Mas em 2006, a idéia é que o encontro mundial da esquerda aconteça na África do Sul. Segundo Francisco Whitaker, do secretariado do FSM, a idéia é que o fórum volte a acontecer simultaneamente ao encontro dos capitalistas, em Davos, sendo o seu contraponto mundial.

As informações são do jornal O Globo.

   
 
   
 

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