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ensino superior
15/01/2004
MEC cria comissão para debater reforma

A Secretaria de Educação Superior do governo federal criará, ainda neste mês, a Câmara Universidade 21, um grupo formado por representantes do governo e de várias entidades para discutir propostas sobre a reforma universitária. O governo pretende encaminhar ao Congresso, até o próximo semestre, um projeto com novas diretrizes para o ensino superior no Brasil.

De acordo com o secretário Carlos Roberto Antunes dos Santos, entre os pontos a serem debatidos estão autonomia das universidades (incluindo a financeira e a didático-científica) e ampliação de vagas e de cursos, além da responsabilidade social das instituições, sejam públicas ou privadas.

"A reforma é fundamental para o fortalecimento da democracia. Precisamos começar a quebrar barreiras e aspectos corporativos em nome da universidade pública e gratuita", afirmou Santos, cuja secretaria é ligada ao Ministério da Educação (MEC).

Segundo o secretário, a Câmara Universidade 21 será responsável por formular uma pré-proposta da reforma. A partir desse texto-base, o governo montará o projeto com a mudança estrutural para o ensino superior brasileiro.

"O que falta no país é a criação de um sistema brasileiro de educação superior organicamente constituído. O que se quer é melhorar a qualidade, permitindo o acesso dos estudantes de forma mais justa", afirmou Santos.

Para iniciar uma agenda de discussões, a secretaria já marcou para o dia 28 um debate com o tema "Autonomia, 15 anos depois". Vai reunir os reitores da USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que estão entre as primeiras instituições a ter autonomia.

No próximo mês, será discutida a regulamentação do Ides (Índice de Desenvolvimento do Ensino Superior), recurso composto por quatro indicadores, sugerido pelo governo como parte da reformulação do Exame Nacional de Cursos (conhecido como Provão) e da avaliação do ensino superior.

Sugestões
Um grupo de cerca de 20 intelectuais ligados ao Fórum de Políticas Públicas, com sede no Instituto de Estudos Avançados da USP, está elaborando um documento com propostas para a reforma da universidade a ser entregue ao governo.

A idéia é elaborar um diagnóstico diferente dos que foram apresentados pelo Banco Mundial e pelo Ministério da Fazenda, que criticaram o gasto com universidades públicas no país.

A Andifes (associação que representa os reitores de instituições federais de ensino superior) também pretende entregar propostas até abril. Para a entidade, a autonomia e o financiamento estão entre os principais pontos a serem debatidos.
Instituições privadas também têm grupos que abordam a reforma universitária, mas a discussão inclui mudanças na legislação tributária.

LUCIANA CONSTANTINO
da Folha de S. Paulo

   
 
   
 

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