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trabalho
14/01/2004
Emprego na indústria paulista cai pelo 3º ano consecutivo, diz Fiesp

Pelo terceiro ano consecutivo a indústria de transformação do Estado de São Paulo demitiu mais do que contratou, segundo dados da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

No ano passado o setor fechou 1.351 vagas, o equivalente a uma queda de 0,08% no nível de emprego. Somente em dezembro, a indústria paulista cortou 11.307 postos de trabalho, uma queda de 0,74%. Essa é a maior queda percentual mensal desde agosto de 2002 (-0,98%). Trata-se também do pior dezembro desde 1998, quando o nível de emprego caiu 1,12%.

Desde o início do Plano Real, em julho de 1994, apenas em 2000 o saldo de empregos do setor foi positivo. Naquele ano, foram criadas 27.416 vagas (+1,71%). Em 2001, a indústria paulista eliminou 32.437 empregos e, em 2002, foram cortadas 68.944 vagas. Do início do Plano Real até o final de 1999 foram fechados mais de 600 mil postos de trabalho industriais em todo o Estado.

Incertezas
A indústria paulista começou 2003 com índices levemente positivos em relação ao emprego. A partir de abril, porém, as incertezas em torno da trajetória do câmbio e da taxa de juros, que continuava alta (26,5% ao ano), tomaram conta do cenário, interrompendo o movimento positivo no nível de emprego.

De março para abril a cotação do dólar em relação ao real caiu mais de 9%, levando muitos analistas, inclusive a própria Fiesp, a projetarem uma queda nas exportações, o que prejudicaria as indústrias.

Esse fato não se confirmou. O dólar fechou o ano 18% mais barato e mesmo assim as exportações tiveram expansão de 21,1%, totalizando US$ 73,084 bilhões. O saldo comercial somou US$ 24,831 bilhões, 89% superior a 2002, e atingiu recorde histórico.

Recuperação
A recuperação do nível de emprego foi retomada em setembro, "puxada" ainda pelo desempenho das exportações, e nos meses seguintes, devido ao aumento de encomendas de final de ano.

Até outubro, a Fiesp chegava a trabalhar com a previsão de fechamentos de aproximadamente 6.000 vagas no ano.

Com a geração de 4.418 novos postos em novembro, equivalente a um crescimento de 0,29% - 2º melhor desempenho percentual para o mês desde o início do Real -, a Fiesp passou a projetar um crescimento próximo de 0,5% no total de empregos em 2003, o que não ocorreu.

 

IVONE PORTES
da Folha Online

   
 
   
 

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