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A Secretaria de Serviços
e Obras da Prefeitura de São Paulo descartou a possibilidade
de ter havido vazamento de informação dos envelopes
com as propostas das empresas que disputavam a licitação
da coleta do lixo no município.
A pasta diz que tanto as propostas técnicas como as
comerciais da concorrência foram entregues e lacradas
em setembro de 2003 pelas cinco interessadas, "não
havendo a possibilidade, em hipótese alguma",
de violação.
"O processo seguiu desde seu início rigorosamente
os princípios que sempre nortearam as ações
desta administração, quais sejam da legalidade,
impessoalidade, moralidade, igualdade, da publicidade e da
probidade administrativa", disse a assessoria em nota
enviada anteontem.
Dos cinco grupos citados, dois não deram nenhum tipo
de resposta às indagações da Folha -consórcio
Bandeirantes 1, liderado pela Delta, e SP Limpa, formado por
OAS, CBPO e H. Guedes. A assessoria da Qualix respondeu que
não se manifestaria.
A assessoria do consórcio São Paulo Limpeza
Urbana informou, por meio de nota, que ele "participou
do processo licitatório seguindo os procedimentos legais
e os prazos estabelecidos". A assessoria da Queiroz Galvão,
líder do consórcio Bandeirantes 2, informou
não acreditar em antecipação de resultados
e que não houve nenhum acordo feito pelo grupo.
A Folha mandou para a Secretaria de Serviços e Obras
e para os consórcios citados questões que não
foram respondidas.
A reportagem questionava, por exemplo, qual poderia ser a
melhor explicação para a antecipação
de resultados -que não um acordo entre os participantes-,
se houve coincidência ou como as informações
poderiam ter vazado sem um acerto antecipado.
A assessoria do grupo Leão Leão negou ontem
participação em qualquer acordo.
Afirmou ser difícil comentar uma concorrência
que não foi encerrada.
Informou também que Rogério Buratti era vice-presidente
da holding Leão Leão, mas não fazia parte
da administração do braço responsável
pela limpeza -a Leão Ambiental. Segundo ela, outra
pessoa representava a empresa. A Folha telefonou para a casa
de Buratti, e uma funcionária disse que ele não
estava. Até o fechamento desta edição,
ele não respondeu ao pedido de entrevista.
A Construrban não respondeu. A Secretaria das Subprefeituras
também não se manifestou.
As informações
da Folha de S.Paulo.
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