Crianças
com menos de 8 anos devem evitar o uso de telefones celulares.
Um relatório britânico divulgado na terça-feira
associou o uso intenso de celulares a tumores no ouvido e
concluiu que os riscos foram subestimados pela maioria dos
cientistas. O professor William Stewart, presidente do Conselho
Nacional de Proteção Radiológica, disse
que os indícios de efeitos potencialmente prejudiciais
se tornaram mais convincentes nos últimos cinco anos
e incidiriam mais sobre as crianças.
A notícia desencadeou pedidos para que os telefones
tragam avisos sobre danos à saúde e provocou
pânico em parte da indústria. Um fabricante britânico
suspendeu um modelo destinado a crianças de 4 a 8 anos.
Desde o ano 2000, o número de celulares na Grã-Bretanha
dobrou, chegando a 50 milhões. E o total de crianças
de 5 a 9 anos portadoras de celulares quintuplicou.
Em seu relatório, Stewart disse que quatro estudos
causaram preocupações. Uma análise com
duração de dez anos feita na Suécia sugeriu
que os usuários intensivos estão mais propensos
a ter tumores não malignos no ouvido, enquanto um estudo
holandês indicou mudanças na função
cognitiva.
Já um trabalho feito na Alemanha apontou aumento de
incidência de câncer em torno das estações
de telefone. E um projeto apoiado pelos EUA mostrou indícios
de dano às células provenientes de campos típicos
de celulares.
"Todos esses estudos ainda precisam ser repetidos e
sua qualidade pode variar, mas não podemos descartá-los",
disse Stewart. Ele afirmou que, se houver risco à saúde,
o que ainda não foi totalmente comprovado, ele seria
maior para
as crianças.
As informações são
do jornal The Times.
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