Quem estiver
interessado em modelos para geração de empregos
para jovens --um dos grandes problemas nacionais-- deve prestar
atenção na cidade de Indaiatuba, uma região
industrial no interior de São Paulo, próxima
de Campinas. Lá se criou uma espécie de oásis
para emprego juvenil.
A prefeitura já tinha uma escola técnica em
parceria com o governo federal, aproveitando as vocações
econômicas locais, de onde 98% dos alunos saíam
empregados; os 2% restantes só não pegavam emprego
porque não queriam, oferta não falta.
A cidade foi mais longe, ao fazer uma parceria com o governo
estadual, mais uma vez orientada pelas vocações
da região. Fizeram uma lista das demandas das empresas
e montaram-se cursos técnicos dentro das escolas estaduais,
aproveitando espaço ocioso, com ensino a distância
combinado com monitoria presencial --esse modelo é
inusitado, já que mistura a formação
técnica com o ensino regular. A experiência está
mais detalhada está neste
link.
É mínina a chance de um jovem, uma vez formado,
ficar sem emprego. Agora que se discute a expansão
do ensino técnico, já que muitas empresas reclamam
de falta de mão-de-obra qualificada. Além disso,
o governo federal lançou uma polêmica ao pedir
a remodelação do bilionário Sistema S
(Sesi e Senac), a pequena cidade de Indaiatuba aparece com
um interessante modelo de tecnologia social.
Poucos problemas são tão relevantes no país
como melhorar a produtividade das empresas e incluir os jovens
no mercado de trabalho.
Link relacionado:
O
buraco é muito mais embaixo
Coluna originalmente
publicada na Folha Online, editoria Pensata.
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