Estamos assistindo hoje, por causa da festa de Réveillon, na cidade
de São Paulo, a um notável exemplo de articulação
comunitária.
Por uma série de razões, todas justificáveis
e compreensíveis, a Prefeitura de São Paulo
não se sentiu em condições de organizar
a festa de passagem de ano na avenida Paulista; no ano passado,
quase dois milhões de pessoas estiveram lá.
A prefeitura, não só não tem dinheiro,
como teme pela segurança de um evento, que desemboca
em outro mandato.
Diante disso, associações comunitárias
se movimentaram e correram atrás de parceiros para
que a cidade, como se estivesse em luto, não ficasse
em silêncio na passagem do ano. Tiveram apoio do governo
do Estado que, por sua vez, ajudou a conseguir patrocínio
privado (Embratel) e, agora, acertam-se com a prefeitura.
Todo esse esforço vai fazer o Réveillon mais
simbólico da história de São Paulo. A
cidade tem muito a lamentar, muito a criticar. Mas, ao vermos
com a comunidade está mais madura, mais atenta e mais
participativa, muito a comemorar.
Coluna originalmente publicada na
Folha Online, na editoria Pensata.
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