Cruzei um série de dados vindos
do IBGE, Fundação Seade, Ministério da Educação e Secretaria
da Educação do Estado de São Paulo --e levei um susto. Percebi
que entre 85% a 90% dos jovens até 24 anos de idade, na cidade
de São Paulo, cursam ou já têm o diploma de ensino médio.
Esse ensino implica pelo menos 12 anos de escolaridade. É
um padrão semelhante ao das nações mais desenvolvidas; claro
que a qualidade é bem diferente.
Diante desses dados, recebi manifestações de surpresa não
só de autoridades --ninguém imaginava ser tão alto-- e mesmo
de especialistas em educação. A explicação: não só aumentou
o número de matrículas no ensino fundamental, como milhares
de jovens e adultos resolveram fazer cursos supletivos, numa
intensidade jamais vista.
Existe o Brasil oficial ou oficioso, esse do poder e das celebridades,
repetindo vícios e mesmices. E existe o Brasil subterrâneo,
cheio de novidades como os milhões de jovens estudando à noite
ou nos finais de semana. Desse Brasil, somos ignorantes.
Leia
coluna de Gilberto Dimenstein sobre o tema
Veja
índices da evolução educacional no Brasil
Coluna originalmente publicada na Folha Online
na editoria Pensata.
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