O governo
de São Paulo informa que vai colocar, em cada escola,
um professor comunitário. Pela minha experiência
dentro e fora do Brasil, posso garantir o seguinte: se esse
profissional for bem treinado e tiver um mínimo de
apoio, haverá a redução da violência
na sociedade em geral e na escola, em particular. Além
disso, com a melhora do ambiente, haverá mais chances
para o estudante progredir.
A ideia é que esse professor seja um intermediador
de conflitos --coisa abundante na escola--, atue para envolver
a família e a comunidade. Um de seus papéis
seria visitar as famílias, a exemplo do que ocorre
(e com ótimos resultados) em Taboão da Serra.
Já se podem encontrar professores comunitários
em áreas conflagradas do Rio, como a Cidade de Deus,
onde a matrícula escolar cresceu 30% nos últimos
12 meses. E o assassinato caiu mais de 90%.
Lá o professor comunitário surgiu logo depois
da implantação de um melhor sistema de policiamento.
Funciona tão bem no Rio que a prefeitura decidiu expandir
esse projeto não só para as áreas conflagradas,
como para toda cidade.
Projetos semelhantes podem ser encontrados em Nova Iguaçu
(Rio) e Belo Horizonte.
Coluna publicada na Folha
Online, editoria Pensata.
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