Grasiela Cardoso
Especial para o GD
Mostrar à sociedade o potencial da juventude como
ator de transformação social. Mais que isso:
aprofundar o papel da mobilização social juvenil
para o desenvolvimento do país. Pensando nisso, a organização
não-governamental Aracati está elaborando um
livro com sete iniciativas exemplares de mobilização
realizada por jovens que participam ONGs, movimentos sociais,
grupos, redes e órgãos públicos.
"Muitas vezes a própria sociedade não
reconhece o papel da juventude, por isso, a nossa idéia
é trazer a tona o trabalho que eles estão fazendo
e que não são reconhecidos", disse o coordenador
do projeto, Antônio Lino. Além das experiências
selecionadas, o livro vai trazer artigos escritos por especialistas
e lideranças juvenis que contarão como superar
dificuldades econômicas e culturais que inviabilizam
a participação juvenil.
Entre os critérios analisados estão: grau de
autonomia que o jovem tem no projeto; a existência de
processos e não só de eventos pontuais de mobilização;
resultados obtidos; articulações com o poder
público, sociedade civil e setor privado; colaboração
entre jovens e adultos; refletir sobre a própria experiência;
condição para se reunir. A escolha das setes
histórias será realizada no final deste mês.
As histórias que não forem contempladas serão
veiculadas no acervo do Aracati que estará disponível
pela Internet. As entidades que participarem do livro vão
receber uma cota de livros, para distribuírem junto
a seus parceiros e possíveis financiadores ou colaboradores.
O livro será publicado em maio de 2005, com tiragem
de 3 mil exemplares. As inscrições já
foram encerradas e, em apenas um mês, o projeto já
recebeu mais de 130 histórias de todo país.
"Estamos longe de viver uma democracia participativa,
por isso, precisamos trabalhar com jovem como principal agente
de transformação para o desenvolvimento do nosso
país", concluiu Lino contando que o projeto conta
com o apoio da Fundação Kellogg.
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