SÃO PAULO (SP) - Os alunos
da Universidade São Judas Tadeu, na Mooca, realizam
projetos sociais em várias áreas. Vale destacar
o escritório de assistência judiciária,
onde os estudantes de 4.º e 5.º anos de Direito,
após aprovação em concurso interno, atuam
como estagiários no atendimento gratuito à população
de baixa renda. No Juizado Especial Cível, por meio
de convênio com o Tribunal de Justiça do Estado,
há atendimento e julgamento de causas cíveis
de até 40 salários mínimos. Os alunos
de Direito realizam estágios como conciliadores.
No Núcleo de Atividades Fundamentadas de Educação
Física, estudantes e professores desenvolvem programas
de atividade física para atender gratuitamente às
necessidades motoras específicas de crianças,
adolescentes, idosos e deficientes físicos, em parceria
com diversas instituições.
Já a São Marcos, no Tatuapé, desenvolve
o projeto multidisciplinar de apoio à Creche da Associação
dos Moradores Carentes do Jardim Caguaçu, uma iniciativa
das alunas de Pedagogia. O objetivo não é só
assistencial, mas de promover mudanças de hábitos
e postura, contribuindo para o desenvolvimento das crianças.
Para o próximo ano, alunos de Fisioterapia, Hotelaria
e Arquitetura vão dar inícios a ações
de avaliação postural das crianças, orientação
para alimentação e orientação
para higiene, além de fazer um projeto para reforma
ou mudança instalações.
Outra ação que merece ser lembrada é
o Clube do Xadrez, com aulas gratuitas para crianças.
Os sócios aceitam convites de escolas e bibliotecas
para dar aulas gratuitas a principiantes. É só
solicitar e agendar. Por fim, o Projeto Cultura Viva foi criado
pela São Marcos com o objetivo de proporcionar um novo
espaço público para a arte e a cultura na zona
leste.
Para a aluna Tatiana Minguez, de 24 anos, que cursa o 2.º
ano de Administração da Brasília, a experiência
mostrou-se única. "Foi a minha primeira viagem
com a turma. No local onde fiquei, a comunidade trabalha com
ostras. Estamos desenvolvendo projetos para os trabalhadores
aumentarem os pontos-de-venda."
Ela ressalta que a iniciativa também é motivadora.
"Ver que na prática o que aprendemos na sala de
aula serve de auxílio às pessoas é muito
bom. Vivenciar a profissão que escolhemos estimula
para continuarmos a caminhada. Além disso, realizamos
atividades de lazer com as crianças de lá."
O estudante Maurício Lopes, do 8.º semestre de
Marketing da faculdade, é outro que integra o Programa
Cananéia, na parte voltada para o desenvolvimento infantil.
Ele conta que, durante as visitas, se analisam as dificuldades
que as crianças enfrentam com relação,
por exemplo, a comportamento e aprendizagem. São passadas
noções de educação, higiene e
saúde e se promove uma pesquisa para saber como elas
gostam de se divertir. "Descobrimos que a garotada gosta
de dançar e de assistir filmes. Assim, dançamos
com eles." Recentemente, as crianças também
viram Formiguinha Z, filme totalmente produzido por computador.
Frutos
De 1999 até agora, já foram beneficiados com
o Programa Cananéia os bairros de Ariri, Marujá
e Mandira. O próximo passo da Unifesp, também
com a participação da Faculdade Brasília,
será Itapitangui, vilarejo a 6 quilômetros do
centro de Cananéia. As duas instituições
pretendem agora elaborar um plano de ação e
apresentá-lo para a Prefeitura da cidade, de forma
que todas as fases possam ser viabilizadas por universitários,
sempre em caráter voluntário.
As informações são
do jornal O Estado de S.Paulo.
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