Os servidores
do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) entram em greve
por tempo indeterminado a partir de amanhã. São
cerca de 38 mil no país --quase 8.000 no Estado de
São Paulo, distribuídos em 164 agências.
A principal reivindicação da categoria é
a reposição salarial emergencial de 18%, índice
correspondente às perdas acumuladas no governo Lula.
Além disso, pedem a recomposição das
perdas salariais a partir de 1995.
O governo ofereceu apenas 0,1% de reajuste, além de
R$ 21 de gratificação de produtividade por perícia
médica acima da cota diária atual (12 por quatro
horas de trabalho, ou 24 por oito horas).
Ontem, estava prevista a apresentação de uma
contraproposta do Ministério da Previdência aos
servidores. A assessoria do ministro Romero Jucá informou
que ele está tentando obter recursos com a área
econômica do governo para melhorar a proposta aos servidores
do INSS.
Entretanto, a área econômica do governo não
estaria disposta a negociar isoladamente, mas com todos os
servidores da União.
Se o início da greve for mantido para amanhã,
recomenda-se que as pessoas evitem ir aos postos. Até
o PrevFone (0800-78-0191, serviço telefônico
do INSS para informações aos segurados e aposentados)
não deverá funcionar com a greve, pois o atendimento
é prestado por servidores.
O único sistema que deverá funcionar normalmente
é a internet (www.mpas.gov.br). Os segurados podem
requerer pensão por morte, calcular o valor da aposentadoria,
consultar o tempo de contribuição e atualizar
endereço.
Pagamento começa hoje
O INSS inicia hoje o pagamento dos benefícios
de maio, com os reajustes de 15,38% (para o piso, de R$ 300)
e de 0,67% a até 6,355% (para os acima do piso).
Serão liberados 23,43 milhões de benefícios.
O valor total que ingressará na economia até
terça-feira será de R$ 11,31 bilhões.
As informações são
da Folha de S.Paulo.
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