A primeira
tarefa da Secretaria da Juventude, criada ontem pelo governo,
é beneficiar 200 mil jovens brasileiros de 18 a 24
anos, este ano, e repetir a dose, com mais 200 mil, no ano
que vem. Cada um deles receberá uma ajuda de custo
de R$ 100 mensais durante 12 meses, para freqüentar cursos.
Em contrapartida, todos deverão prestar serviços
comunitários.
O orçamento deste primeiro ano é de R$ 311 milhões,
a serem aplicados no programa de qualificação
profissional e diplomação para o ensino fundamental
- que não chega a 12 milhões dos 33 milhões
de jovens do País. Com a medida, o governo se esforça
para superar o fraco desempenho do Primeiro Emprego, programa
que inaugurou as iniciativas do governo voltadas para os jovens.
Até agora, dos mais de 200 mil postos esperados, o
Primeiro Emprego só criou cerca de 2.500.
Hoje, para a faixa etária dos jovens o governo Lula
oferece 44 programas e 143 ações, mantidas em
19 ministérios e 4 secretarias. A Secretaria Nacional
de Juventude, que será ligada ao secretário-geral
da Presidência, Luiz Dulci, deverá coordenar
as iniciativas. "A temática juvenil assumiu dimensão
republicana", diz o subsecretário de Articulação
Social da Secretaria-Geral da Presidência, Beto Cury,
um dos coordenadores do grupo que preparou a Política
Nacional de Juventude.
"Uma das primeiras tarefas da nova secretaria será
auxiliar o Encontro das Juventudes do Caribe e Latinoamérica,
em abril, em Belo Horizonte, conduzido pela Organização
das Nações Unidas", afirmou Cury. "Em
outubro, haverá um encontro mundial, em Washington."
Para preparar seu relatório, o grupo interministerial
passou dois anos visitando países como França,
Espanha e Portugal, pioneiros em políticas para os
jovens.
JADE AUGUSTO GOLA
MARIANA CAETANO
do o Estado de S. Paulo
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