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trabalho
02/04/2004
Cresce pessimismo com desemprego

A insegurança do brasileiro com relação ao trabalho aumentou nos últimos três meses. Segundo pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), 56% das pessoas entrevistadas acreditam que o desemprego irá aumentar nos próximos seis meses e 40% estão com muito medo de perder o emprego.

A pesquisa da CNI é feita pelo Ibope a cada três meses com 2.000 pessoas e mede o índice de confiança dos consumidores. A margem de erro é de 2,2 pontos, para cima e para baixo. No trimestre anterior, de outubro a dezembro de 2003, 49% dos entrevistados acreditavam que o desemprego aumentaria e 39% tinham muito medo de perder o emprego.

De fato, o número de desempregados aumentou. A taxa de desocupação nas principais regiões metropolitanas do IBGE foi de 10,9% em dezembro, 11,7% em janeiro e 12% em fevereiro.

Em dezembro, 30% acreditavam que o desemprego diminuiria nos meses seguintes. Mas, em março, esse número caiu para 22%. No total, 63% dos brasileiros têm medo de ficar desempregados: 40% têm muito medo e 23% um pouco de medo. Essas respostas não variaram muito com relação ao trimestre anterior -39% e 24%, respectivamente-, quando 49% acreditavam que o desemprego iria aumentar e 30% disseram que iria diminuir.

Reavaliação
Na avaliação do chefe do Departamento Econômico da CNI, Flávio Castelo Branco, os consumidores fizeram "uma reavaliação do ritmo com que as coisas vão melhorar". "No início do ano passado, havia uma grande expectativa com relação ao crescimento da economia por causa da troca de governo, agora as pessoas estão mais realistas", disse.

O índice geral de expectativa do consumidor do primeiro trimestre caiu 4,8% com relação ao anterior. Esse índice é resultado de um cálculo que incluiu a expectativa das pessoas em relação a inflação, renda e trabalho. No levantamento anterior esse índice teve uma variação positiva de 2,7%.

O medo de perder o emprego afetou o planejamento de consumo. O índice que mede a intenção de comprar mais nos próximos três meses oscilou de 23% em dezembro para 20%. O de consumidores que esperam comprar menos variou de 29% para 30% e o dos que pretendem manter o atual nível de consumo subiu de 48% para 49%.


CLÁUDIA DIANNI
da Folha de S.Paulo

   
 
 
 

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