Por determinação
do CEE (Conselho Estadual de Educação), as três
universidades estaduais de São Paulo (USP, Unicamp
e Unesp) passam por um processo de auto-avaliação.
O objetivo é conhecer deficiências, metas e
sugestões de cada unidade para traçar novas
diretrizes para melhorar a qualidade de ensino e dos processos
educacionais e administrativos.
O processo teve início em 2001, mas os primeiros resultados
começam a ser divulgados neste mês. As universidades
têm prazo até 2006 para entregar o relatório
ao CEE. Os resultados terão peso no recredenciamento
dos cursos.
Cada universidade tem autonomia para conduzir seus processos
de avaliação. A USP, por exemplo, estabeleceu
um roteiro de avaliação qualitativa dos 200
departamentos e 37 unidades ligados às quatro pró-reitorias
-graduação, pós-graduação,
pesquisa e cultura e extensão.
Comissões com representantes de docentes, alunos e
funcionários participaram do processo. No dia 6, serão
apresentados os resultados preliminares dessa avaliação
(leia texto nesta página).
Segundo o vice-reitor Hélio Nogueira da Cruz, presidente
da Comissão de Avaliação Permanente da
USP, no segundo semestre deste ano será a vez de pares
externos (docentes nacionais e estrangeiros) avaliarem o processo
e apresentarem suas sugestões.
A Unesp (Universidade Estadual Paulista) optou por distribuir
questionários à comunidade acadêmica -25
unidades instaladas em 16 campi. Não participaram as
oito unidades diferenciadas criadas no ano passado.
De acordo com o professor José Reinaldo Cequeira Braz,
presidente da Comissão de Avaliação Permanente
da Unesp, o processo começou em 2001. Os primeiros
resultados serão apresentados no próximo dia
13.
Além de conter um raio-X da Unesp, na ótica
de docentes, funcionários e alunos, o relatório
terá uma análise de ingressantes e egressos.
"É importante para sabermos se nossos cursos estão
atendendo à demanda do mercado", diz Braz.
Unicamp
Na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), todo o
processo de auto-avaliação deve começar
no próximo mês e vai durar um ano e seis meses.
A avaliação, que foi aprovada pelo Consu (Conselho
Universitário), será dividida em etapas. O trabalho
servirá para amparar o Planes (Planejamento Estratégico)
da Unicamp.
O Planes, que é discutido desde 2001, define estratégias
para as áreas de ensino, pesquisa, extensão,
administração e gestão e qualidade de
vida na universidade.
A partir dos dados, a universidade criará formulários
que serão respondidos por comissões, criadas
nos departamentos.
Na segunda fase, comissões internas analisarão
os dados dos questionários e produzirão relatórios
com sugestões.
Na terceira etapa, uma comissão externa fará
uma análise. As duas últimas etapas serão
agregadas em um único documento, que será avaliado
pelo Consu e devolvido para as unidades, com as diretrizes
que devem ser seguidas.
"O objetivo não é dar nota nem fomentar
disputa entre as unidades. A avaliação institucional
vai ajudar a encontrar as forças e fraquezas da universidade",
disse o reitor da Unicamp, Carlos Henrique de Brito Cruz,
47.
CLÁUDIA COLLUCCI
ANA PAULA MARGARIDO
da Folha de S.Paulo
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