O custo
da cesta básica registra aumentos de até dois
dígitos no primeiro trimestre. Pesquisa divulgada ontem
pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Sócio-Econômicos (Dieese) mostra que a alta acumulada
este ano chega a 12,44% em Fortaleza e a 11,24% em Natal.
Das 16 capitais pesquisadas, apenas três apresentaram
deflação no período: Porto Alegre (-3,13%),
Curitiba (-2,99%) e Florianópolis (-0,05%). Em março,
por causa da redução nos preços de alimentos
básicos, o custo da cesta baixou em 12 das capitais
pesquisadas.
O preço mais alto foi o de São Paulo, de R$
166,96. Mesmo com queda de 0,02% em março, a cesta
básica se tornou a mais cara do país e ultrapassou
o valor de Porto Alegre, onde os produtos custam R$ 163,80.
No acumulado do ano, o custo da cesta aumentou 1,32%.
Com base no custo mais alto do país, o de São
Paulo, o Dieese estimou que o valor do salário mínimo
necessário para suprir as necessidades de uma família
de quatro pessoas deveria ser de R$ 1.402,63, o equivalente
a 5,8 vezes o valor atual de R$ 240. Para comprar os produtos
da cesta básica, quem ganha o salário-mínimo
gasta 67,59% do valor líquido que recebe, descontado
o INSS.
No Rio de Janeiro, o preço da cesta básica
foi de R$ 158,57, com queda de 2,06%. Apesar da redução,
o aumento acumulado este ano é de 1,61%. O Rio ocupa
o quarto lugar na lista das cidades onde a cesta básica
custa mais caro, atrás de São Paulo, Porto Alegre
e Brasília. As capitais que tiveram as cestas mais
baratas foram Recife (R$ 137,44), Salvador (R$ 138,06) e João
Pessoa (R$ 139,99).
As informações são do Diário de
S. Paulo.
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