BRASÍLIA - Ao apresentar
no Congresso o projeto que muda a avaliação
do ensino superior, o ministro da Educação,
Cristovam Buarque, disse que o critério de amostragem
vai atingir pelo menos 30% dos alunos, considerada pelo governo
uma amostragem boa para fazer a avaliação do
ensino. Entre as vantagens de realizar a prova a cada três
anos e com menos alunos, ele apontou o custo do exame.
Segundo o ministro, o provão, que hoje custa R$ 25
milhões, passará a custar R$ 8 milhões.
O ministro disse que não há necessidade de avaliar
todos os alunos porque a finalidade do provão é
avaliar o curso, e não o aluno. Segundo ele, há
pessoas que defendem o provão por puro sadismo.
Além dos quatro critérios que constam no índice
de avaliação do novo provão, o ministro
disse que queria incluir um critério de avaliação
de ex-alunos para saber a situação atual deles,
mas como isso ficaria muito caro, desistiu da idéia.
Cristovam defendeu ainda um projeto de lei do senador Sérgio
Cabral Filho (PMDB-RJ) que destina 40% das vagas em universidades
federais para estudantes da rede pública. Segundo Cristovam,
se for aprovado no Congresso, ele vai defender que o presidente
sancione o projeto.
EVANDRO ÉBOLI
De O Globo
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