Seguindo a tendência do ano passado, o número de casos de dengue
registrados em janeiro no país apresentou queda significativa
em relação ao mesmo período de 2003.
Caiu 82,2%, passando de 34.326 confirmações
para 6.097.
Somando-se os dados preliminares de fevereiro, a queda no
bimestre é ainda maior: 90,2%. Os números foram
divulgados ontem com o balanço final de 2003.
O secretário de Vigilância em Saúde,
Jarbas Barbosa, aponta o Programa Nacional de Controle da
Dengue, adotado em 2002 em parceria com Estados e municípios,
como um dos motivos da redução. O projeto tem
ações educativas e de eliminação
de possíveis criadouros do mosquito transmissor, o
Aedes aegypti.
A última epidemia foi em 2002, quando houve a notificação
de 794.219 pessoas com dengue, 2.714 com a forma mais grave,
a hemorrágica. No ano passado, foram 339.630 casos
(queda de 57,2% em relação a 2002), sendo 709
hemorrágicos. Houve 38 mortes em 2003 e 150 em 2002.
O programa estabelecia redução de 50% do número
de casos entre 2002 e 2003. A partir deste ano, a meta é
queda anual de 25%.
Segundo Barbosa, caiu também o número de municípios
com índices altos de infestação do mosquito.
O número de cidades que apresentaram infestação
acima de 5% (índice considerado preocupante, com risco
de epidemia) caiu de 604, em 2002, para 345 no final do ano
passado.
Segundo Barbosa, cidades do Rio de Janeiro, como a capital,
São Gonçalo e São João de Meriti,
seguem preocupando o governo pelo alto índice de infestação.
Para ele, a situação da capital é complexa
porque é turística e tem clima tropical e problemas
urbanos.
As informações são da Folha de S. Paulo,
sucursal do Rio.
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