O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva voltou hoje a usar seu programa
de rádio para tentar fortalecer a imagem do ministro
da Saúde, Humberto Costa. Em edição especial
para lembrar o Dia Mundial da Saúde, Lula aproveitou
o "Café com o Presidente" para lançar
o Serviço de Assistência Móvel de Urgência,
chamado pré-hospitalar.
A edição especial do programa foi ao ar nesta
manhã. Na última segunda-feira, Lula já
havia convidado Costa para anunciar um programa de saúde
bucal.
Hoje, além do novo programa, Lula também usou
o rádio para elogiar o desempenho da pasta da Saúde
e elogiar o ministro. Citou a redução dos casos
de dengue no país em 2003, os programas de saúde
bucal e combate à hanseníase, e o esforço
para reduzir as filas nos hospitais.
Lula também disse que o governo planeja o lançamento
da Farmácia Popular, que visa baratear ou distribuir
gratuitamente medicamentos. "Eu dizia a vida inteira
que não basta a pessoa ter o médico, é
preciso que a pessoa vá ao médico e, quando
saia do médico, saia com remédio para poder
tomar, porque, muitas vezes, as pessoas saem do médico
com a receita, colocam a receita em uma gaveta do criado-mudo
e morrem sem poder tomar o remédio, porque não
têm dinheiro para comprá-lo [...] Eu já
senti na pele o que é não ter dinheiro para
comprar remédio, já senti na pele o que é
ficar na fila de um hospital", disse Lula.
Assistência emergencial
O Samu (Serviço de Assistência Móvel
de Urgência), segundo o ministro, será lançado
no próximo dia 26 de abril. O governo prometeu entregar
1.480 ambulâncias para os Estados e municípios,
equipadas para o atendimento pré-hospitalar. No total,
1.500 municípios do país serão contemplados.
"O Samu é um serviço de atendimento de
urgência chamado pré-hospitalar. Ou seja, tanto
na via pública, um acidente ou um mal súbito,
quanto em casa, um acidente, um mal estar que alguém
sinta, poderá ligar no país inteiro até
o final do ano, para um número que será o 192,
e pedir o atendimento", disse Costa.
De acordo com o ministro, o atendimento telefônico
será feito por um médico que analisará
as queixas e, se necessário, poderá encaminhar
uma ambulância com uma equipe para fazer o atendimento
emergencial e até mesmo uma UTI para casos mais graves.
"Isso não só vai fazer a diferença
para muita gente que hoje morre porque não teve o primeiro
socorro, ou então que fica com seqüelas, porque
não foi atendida no primeiro momento e, mais do que
isso, vai ajudar a organizar o sistema de emergência",
afirmou o ministro.
As informações são da Folha Online.
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