Para marcar
o Dia Mundial da Saúde, a Organização
Mundial de Saúde (OMS) lançou uma campanha Mães
e crianças saudáveis: Tenho direito à
saúde e minha mãe também, pela redução
da morte de crianças e de mulheres durante a gravidez
ou depois do parto. O objetivo é envolver governos,
empresas, organizações não-governamentais
(ONGs), comunidades e indivíduos na luta pela saúde
materno-infantil. Estudo divulgado pela OMS estima que, em
um ano, quase 11 milhões de crianças e mais
de meio milhão de mulheres em todo mundo vão
morrer por problemas que poderiam ter sido evitados. As informações
também dão conta de que anualmente 529 mil mulheres
morrem durante a gravidez e 3,3 milhões de bebês
são natimortos (morrem ao nascer).
Remédios para prematuros
O Brasil se prepara para produzir e distribuir na rede pública
um medicamento que pode evitar a morte de cerca de 12% dos
bebês prematuros. Chamada de surfatante, a substância
trata a Doença Pulmonar da Membrana Hialina, que associada
à prematuridade é responsável pela maioria
das mortes neonatais. Por ter um custo alto, a versão
importada é utilizada por uma parcela muito pequena
dos prematuros. A estimativa é de que 63 mil bebês
no país -30% de todos os prematuros- deveriam receber
o tratamento a cada ano. A expectativa do governo é
que a aprovação e industrialização
do surfatante brasileiro possa reduzir seu custo em 33%. Segundo
estimativas, o tratamento custa em média R$ 800,00
por criança.
ANA FLOR
VALTEMIR RODRIGUES
do jornal Folha de Londrina - PR
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