Um relatório divulgado ontem
pela FAO – a agência para alimentação
e agricultura da ONU (Organização das Nações
Unidas) – prevê um aumento no consumo de tabaco
no Brasil, caso as atuais políticas para o controle
do fumo sejam mantidas.
A demanda pela erva, segundo o documento, deverá passar
de 229,4 mil toneladas (dados de 1997-99) para 234,4 mil toneladas,
em 2005.
Na projeção para o ano 2010, o consumo do país
salta para 257,9 mil toneladas.
No entanto, se políticas mais rigorosas forem implementadas,
a previsão é de uma queda significativa, passando
das atuais 229,4 mil toneladas para 210,5 mil toneladas em
2005, e subindo apenas ligeiramente até 2010 para 231,6
mil toneladas.
Primeiro Mundo
As previsões da FAO para o Brasil e para os
outros países em desenvolvimento contrastam com os
números do chamado Primeiro Mundo.
A agência da ONU afirma que a demanda por tabaco nos
países desenvolvidos está diminuindo significativamente.
Isso seria, segundo a FAO, uma conseqüência justamente
das campanhas anti-tabagistas – que visam a conscientizar
a população sobre os riscos do fumo à
saúde – e da taxação sobre o fumo
nesses países, mais severas do que nos países
em desenvolvimento.
Ainda assim, os números globais apontam para um crescimento
de 1,5% no número de fumantes, saltando de 1,1 bilhão,
em 1998, a 1,3 bilhão, em 2010.
A China será o maior responsável por este aumento
e é o país com o maior número de fumantes:
320 milhões de pessoas, o equivalente a 37% do consumo
mundial.
Recorde
De acordo com os dados da ONU, os chineses consomem
mais tabaco do que todos os outros países em desenvolvimento
juntos.
Na América Latina, o Brasil responde por mais de a
metade do consumo, e o aumento previsto pela FAO para a região
também deve ser puxado pelo país.
Na África, a demanda por tabaco durante a década
de 90 bateu o seu recorde anual, chegando a 3,5%.
As previsões indicam que esse patamar deverá
se manter até 2010.
As informações são
da BBC Brasil.
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