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fazendo a diferença
10/02/2005
Emprego não é esmola

Rodrigo Zavala
especila para o GD

Às segundas-feiras, entrar em uma das salas do Centro de Auxílio ao Trabalhador, em Jundiaí (SP), parece tão desanimador quanto um velório. Rostos cansados, muitas dúvidas e uma interminável lista de frustrações invadem o espaço. São jovens a procura de seu primeiro emprego e profissionais que buscam reinserção no mercado de trabalho, todos a espera das palestras gratuitas oferecidas pela entidade.

A palestrante, a especialista em motivação Débora Costa, se esforça por aproximadamente duas horas para dar orientações sobre abordagem pessoal, fluência verbal e postura em entrevistas. "Eles chegam muito desmotivados. Dá para perceber na hora que é um desempregado. Não conseguem sequer se expressar direito", lembra a consultora.

A desmotivação é, em parte, gerada pela baixa auto-estima de ficar sem emprego. Por outro lado, a falta de informação e decisão também afetam os candidatos, criando um círculo vicioso de pessimismo e insucesso. "Por isso investimos na reflexão sobre a vida profissional, definindo objetivos a curto, médio e longo prazo", afirma Débora.

Segundo a especialista, há dois traços comuns naqueles que vão em busca dos cursos dados pelo Centro. Enquanto os jovens, que buscam seu primeiro emprego, não têm qualquer estratégia ou mesmo alguma noção do que seja marketing profissional, os desempregados com mais de quarenta anos, por outro lado, sentem-se velhos e acomodados. "O resultado é que eles vão pedir empregos como se estivessem pedindo uma esmola. Não têm confiança", explica.

Assim, a dinâmica da palestra é destacada pela realização de diversas brincadeiras e interação com o público. A idéia, aqui, é fazer os ouvintes falarem e identificarem suas próprias deficiências. "Não existe uma fórmula para essas palestras. Elas mudam conforme as dificuldades dos participantes. Além disso, é um trabalho cooperativo, como se estivessem em um emprego".

O Centro de Auxílio ao Trabalhador foi inaugurado no final do ano passado e atende gratuitamente a cerca de 200 pessoas por dia. "O número é maior na segunda-feira, quando as pessoas decidem sair para procurar empregos. Outro erro", constata Débora.

As palestras são realizadas todas as segundas-feiras, às 11 horas, no auditório da Escola Excelência (rua Vigário J.J. Rodrigues, 1034, Centro, Jundiaí), onde funciona a ONG. O auditório tem capacidade para 60 pessoas e os interessados em participar devem fazer inscrições pelo telefone (0xx11) 4817-0040.

   
 
 
 

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