No Brasil existe um alto número
de inadimplência causada por pais de alunos que não
estão tendo condições de financiar o
estudo de seus filhos. Para tentar atrair mais alunos e sair
da crise que atinge o setor educacional, um grupo de escolas
particulares de São Paulo prepara uma receita polêmica:
terceirizar o ensino. A idéia é cortar vínculos
empregatícios com professores e mantê-los como
prestadores de serviço o que significaria economia
para mantenedores e redução de até 50%
nas mensalidades.
A novidade não agradou a todos, o sindicato dos professores
e a associação de pais e alunos, alerta que
a terceirização só trará prejuízos
a docentes e estudantes. Segundo o idealizador do projeto,
ex-presidente do sindicato das escolas particulares e dono
de escola, José Aurélio de Camargo, 49 instituições
de ensino já aderiram a idéia e pretender por
em funcionamento no próximo ano. Camargo afirma que
os professores poderão ganhar até 80% a mais.
A relação com os professores, porém,
mudaria. Eles receberiam, não apenas com o número
de aulas dadas, mas também com a quantidade de alunos
em classe. O presidente do Sindicato dos Professores de São
Paulo (Sinpro), Luiz Antônio Barbagli, diz que a receita
é uma armadilha. No fim do mês, os professores
poderão receber mais, mas não terão 13.º
salário, férias, fundo de garantia, recesso
remunerado, entre outros benefícios. A Associação
de Pais e Alunos, teme que sem vínculos empregatícios,
os professores passariam a ter menos compromisso com a escola.
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