A inflação
do município de São Paulo se manteve em desaceleração
e ficou em 0,52% na primeira quadrissemana de fevereiro, período
de 30 dias até 7/02. A informação faz
parte do IPC (Índice de Preços ao Consumidor)
da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas,
da USP).
No fechamento de janeiro, o IPC-Fipe apontou variação
de 0,56%, abaixo da taxa registrada em dezembro (+0,67%) e
igual à de novembro, apesar das pressões vindas
dos grupos Educação e Transporte.
Nos últimos 30 dias, a maior alta foi verificada no
grupo Educação, de 4,40%. Os demais grupos pesquisados
apresentaram as seguintes variações: Transportes
(1,37%), Despesas Pessoais (0,45%), Habitação
(0,37%), Saúde (0,32%), Alimentação (-0,13%)
e Vestuário (-0,55%).
Segundo projeção do coordenador da pesquisa
de preços da Fipe, Paulo Picchetti, fevereiro deve
fechar com inflação próxima de 0,4% caso
não haja reajuste na passagem de ônibus urbano.
Os principais impactos em fevereiro virão de licenciamentos
de veículos, IPTU, taxa do ixo e do reajuste promovido
nas passagens de metrô e de ônibus intermunicipal
em janeiro. Somente estes itens devem contribuir com 0,20
ponto percentual na taxa deste mês.
Simulações feitas pelo economista da Fipe mostram
que se a tarifa de ônibus urbano passasse de R$ 1,70
para R$ 1,80, contribuiria com 0,25 ponto percentual na inflação
da cidade. Um aumento da tarifa para R$ 1,90, geraria impacto
de 0,49 ponto percentual no índice. No caso de a passagem
chegar a R$ 2, o impacto seria de 0,72 ponto.
Metodologia
O IPC-Fipe mostra a evolução do custo
de vida das famílias paulistanas com rendimento de
um a 20 salários mínimos. O indicador começou
a ser calculado em janeiro de 1939 pela Divisão de
Estatística e Documentação da Prefeitura
do Município de São Paulo.
Em 1968, a responsabilidade do cálculo foi transferida
para o Instituto de Pesquisas Econômicas da USP e, posteriormente,
em 1973, com a criação da Fipe, para esta instituição.
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da Folha Online
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