O Centro
Internacional das Indústrias Criativas, um órgão
a ser criado pela ONU para fortalecer a inovação
e as produções culturais em países em
desenvolvimento, terá entre suas funções
incentivar parcerias entre o setor público e o privado
nessa área. Esse papel será discutido em uma
sessão específica no fórum internacional
“Rumo ao Centro Internacional das Indústrias
Criativas”, que será realizado entre 18 e 20
de abril em Salvador, na Bahia.
“Visto que o Estado e as empresas atuam de forma independente,
um sistema de investimento propício não poderá
ser alcançado exclusivamente pelas forças do
mercado, nem somente pelas firmas ou pelo Estado agindo de
maneira independente, mas pelas parcerias envolvendo todos
os atores”, afirma o texto de apresentação
da sessão “Investindo nas indústrias criativas:
parceria público/privado”, marcada para as 16h30
do dia 18.
Essa sessão será coordenada por Zeljka Kozul-Wright,
economista e assessora da UNCTAD (Conferência das Nações
Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento), e vai
apresentar experiências de investimento privado em indústria
criativa e parcerias público-privadas nesse setor,
em vários países. Entre os debatedores estarão
representantes da África do Sul, Reino Unido, Brasil,
Trindade e Tobago, França, Suécia, Jamaica e
Canadá.
O centro, ainda sem sede definida, abrange uma indústria
poderosa. Segundo a Associação de Propriedade
Intelectual dos Estados Unidos, os setores ligados a direito
autoral têm um ativo de US$ 360 bilhões e empregam
1,5 milhão de pessoas. “O papel das indústrias
criativas evoluiu rapidamente de uma noção relativamente
restrita ao patrimônio cultural para o campo mais amplo
do sistema internacional de comércio, da regulamentação
da propriedade intelectual e da responsabilidade social corporativa.
Estas indústrias são o motor da chamada nova
economia criativa, correspondendo a aproximadamente 7% do
PIB mundial e constituem um importante difusor de expressões
culturais”, observa o texto de apresentação
do fórum internacional.
Organizado pela UNCTAD, pelo PNUD, pela OIT (Organização
Internacional do Trabalho) e pelo BID (Banco Interamericano
de Desenvolvimento), o fórum vai reunir vários
especialistas e autoridades — como os ministros Gilberto
Gil (Cultura), Celso Amorim (Relações Exteriores),
Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior), Ricardo Berzoini (Trabalho), Jacques
Wagner (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social),
o governador da Bahia, Paulo Souto, o prefeito de Salvador,
João Henrique Barradas Carneiro, e o coordenador da
ONU e representante do PNUD no Brasil, Carlos Lopes.
As informações são
do PNUD Brasil.
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