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Erika Vieira
Nenhum livro por habitante e com nenhum
espaço público de cultura, é assim a
vida de 17 regiões do município de São
Paulo, segundo dados levantados pelo Observatório Cidadão
Nossa São Paulo, realizado pelo Movimento Nossa São
Paulo.
Dividida em 31 subprefeituras, a cidade
possui 17 zonas de carência cultural. Dessas as que
mais sofrem são Perus (zona oeste), Guaianases (zona
leste), Jaçanã e Tremembé (ambas na zona
norte). A quatro regiões não possuem cinema,
centros culturais e nem casas de cultura.
Quando o assunto é leitura,
temos como zero o número de livros por habitante na
faixa etária de 7 a 14 anos, disponibilizados nas bibliotecas
municipais da Cidade Tiradentes, Ermelino Matarazzo, Vila
Maria e Vila Guilherme. A percentagem também é
nula de livros para o público adulto de Capela do Socorro,
zona sul, Itaim Paulista, zona leste, e Perus.
Bairros como Cidade Ademar (zona sul),
São Mateus (zona leste), Freguesia do Ó e Brasilândia
(zona norte) não têm teatro. Salas de shows e
concertos também são raras, Guaianases, Itaim
Paulista, Jaçanã e Tremembé não
possuem esse tipo de espaço.
Os melhores
Já a região coberta pela subprefeitura
da Sé oferece de tudo um pouco. O local, seguido de
Pinheiros (zona oeste), é apontado como o que mais
tem opções de cultura para o paulistano. 52,21%
dos teatros da cidade estão lá, além
de 33,85% centros culturais, espaços e casas de cultura,
20,61% dos cinemas, 17,88 salas de shows e concertos. As bibliotecas
da Sé disponibilizam 13,73 livros por habitantes de
7 a 14 anos e 10,78 por habitantes adultos.
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