Muitos
profissionais que se aposentam hoje adquiriram boa parte de
seus bens nos tempos de bonança da economia. A casa
própria financiada pelo BNH (Banco Nacional da Habitação)
era um marco dessa conquista.
"Comecei a trabalhar em janeiro de 1972. No meio do
ano dei entrada em um apartamento pelo BNH para pagar em 15
anos, a juros muito baixos. A prestação não
chegava a 20% do meu salário", conta Mário
Antonio Siqueira, 57, formando da primeira turma de computação
da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Saiu da faculdade
com seis propostas de emprego. "A IBM foi selecionar
os alunos na própria escola. Trabalhei lá até
1996, quando aderi a um programa de demissão voluntária",
diz Siqueira, hoje dono de uma consultoria.
Até quem se formou antes de o "milagre econômico"
começar aproveitou o crescimento. Kamal Mattar, 75,
tornou-se engenheiro oito anos antes. Mas, graças à
expansão frenética da economia nos anos 70,
conseguiu formar o que ele chama hoje de "pecúlio
razoável".
Engenheiro civil, hoje presidente da AEP (Associação
dos Engenheiros Politécnicos), Mattar recebeu o diploma
em 1955. Ele lembra que, mal havia terminado o curso, numa
terça-feira, já tinha propostas de emprego.
"Uma para começar já na segunda-feira."
Encontrar emprego como engenheiro, diz, não era difícil.
As informações são
da Folha de S.Paulo.
|