PARIS
(AFP) – A associação brasileira Alfabetização
Solidária (AlfaSol) foi agraciada ontem com o prêmio
Rei Sejong de Alfabetização, concedido pela
Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco) por seu trabalho na educação de adultos.
A Unesco considerou que o programa atendeu 4 milhões
de pessoas nos últimos sete anos, “usando métodos
pedagógicos inovadores, simples e baratos”. A
AlfaSol é conhecida por alfabetizar jovens e adultos
em apenas seis meses, ao custo de R$ 21 por aluno ao mês.
Os prêmios da Unesco têm como objetivo estimular
a luta contra o analfabetismo. A organização,
com sede em Paris, destacou que o programa brasileiro foi
desenvolvido em benefício de populações
urbanas e rurais, incentivando a participação
das mulheres em geral e tentando chegar às mais pobres
e isoladas.
A AlfaSol, criada em 1997, formou uma rede de ação
contra o analfabetismo no Brasil, integrada por milhares de
voluntários, organizações não-governamentais
(ONGs), instituições de ensino e governo. O
objetivo central é instruir educadores, que possam
ensinar sua comunidade a ler e a escrever, com a ajuda de
empresas e prefeituras.
O modelo foi exportado para outros cinco países: Cabo
Verde, Guatemala, Moçambique, São Tomé
e Príncipe, Timor Leste. Com isso, a AlfaSol realiza
intercâmbio de estudantes. Professores brasileiros ajudam
a formar educadores de outras nações de língua
portuquesa.
Além da AlfaSol, um grupo encarregado da alfabetização
na província de Qinghai (China) teve reconhecimento
semelhante, e a ONG mauriciana L’Edikasyon pu Travayer
recebeu o prêmio Associação Internacional
de Leitura. Os prêmios Rei Sejong foram criados em 1989.
Os premiados recebem 15 mil dólares doados pelo governo
da República da Coréia do Sul. A entrega deve
acontecer nos países premiados em 8 de setembro, Dia
Internacional da Alfabetização.
As informações são
da Gazeta do Povo, de Curitiba-PR.
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