Apenas 11 dos 513 deputados vão
devolver a primeira parcela dos R$ 25.440 extras que receberão
por trabalhar 20 dias úteis em janeiro e fevereiro,
no recesso parlamentar. O prazo para pedir a devolução
do dinheiro acabou ontem. O restante dos parlamentares tem
até hoje para doar a verba a alguma instituição.
No início da convocação extraordinária,
os deputados recebem um salário extra como "ajuda
de custo" e no final do período recebem outro
depósito no mesmo valor, caso tenham comparecido a
dois terços mais uma sessão (15 dias). Na prática,
porém, os deputados recebem presença automática
nas segundas e sextas-feiras, quando não há
votações.
Vão devolver os primeiros R$ 12.720 os petistas Walter
Pinheiro (BA), Luciano Zica (SP), Orlando Fantazzini (SP),
Dr. Rosinha (PR), Orlando Desconsi (RS), João Alfredo
(CE), Chico Alencar (RJ), Paulo Rubem (PE), Fátima
Bezerra (RN), Henrique Fontana (RS) e Mauro Passos (SC).
O prazo para que informem à Câmara que não
querem receber acabou ontem porque essa é a data em
que foi enviada a lista de pagamento para o banco. O depósito
será feito na sexta-feira.
Os parlamentares que quiserem doar a quantia para um projeto
social devem enviar o nome da entidade e o número da
conta até hoje à Presidência da Casa.
Durante a convocação, 12 deputados viajarão
para o exterior em missão oficial com passagens e diárias
pagas pela Câmara. Como estarão trabalhando,
terão a presença registrada, o que lhes permitirá
receber os extras.
É o caso do deputado Barbosa Neto (PMDB-GO), que irá
para a Europa conhecer o trem-bala.
Maurício Rands (PT-PE) está na Inglaterra dando
palestras sobre o governo Lula. Ele será o relator
da PEC paralela na CCJ (Comissão de Constituição
e Justiça), mas só chega ao Brasil amanhã.
As informações são
da Folha de S. Paulo, sucursal de Brasília.
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