A Secretaria de Educação
Média e Tecnológica vai apresentar aos Estados
uma proposta de mudança que permita criar o ensino
médio-tecnológico. Ou seja, haveria um tipo
de curso em que os alunos sairiam do ensino médio também
com uma formação técnica, possibilitando
a entrada do jovem no mercado de trabalho.
Atualmente, ou o adolescente cursa os três anos de
ensino médio ou frequenta aulas de um curso técnico.
"A idéia é criar uma outra alternativa
de ensino médio para tentar atrair os que estão
fora e manter os que têm interesse no mercado",
afirmou o secretário Antonio Ibañez Ruiz.
Essa é uma das medidas citadas ontem por Ruiz como
ações do MEC para tentar melhorar a qualidade
do ensino.
Para adotar a idéia, é preciso ampliar a jornada
atual do ensino médio (que atualmente varia, em média,
de quatro a cinco horas por dia). Outra alternativa é
aumentar o tempo para conclusão.
Um projeto-piloto deve ser adotado em 2004 no Paraná,
em Santa Catarina e no Espírito Santo.
Os Estados são responsáveis pelo ensino médio,
que ainda não é obrigatório. Ou seja,
alunos que terminam a 8ª série do fundamental
ainda não têm garantia de oferta de vagas e de
condições de permanência na escola.
O Ministério da Educação também
está com uma proposta de tornar o ensino médio
obrigatório, como o fundamental (de 1ª a 4ª
série), e expandi-lo, gradativamente até 2007,
para quatro anos.
Para melhorar a qualidade do ensino médio, Ruiz diz
que uma das providências já adotadas é
a distribuição de livros didáticos. O
projeto-piloto do Plano Nacional do Livro do Ensino Médio
vai atingir 1,3 milhão de estudantes.
Nessa etapa, serão repassados exemplares de português
e de matemática. Os professores serão incentivados
a fazer cursos de formação continuada, principalmente
em ciências e matemática.
As informações são
do jornal Folha de S. Paulo.
|