Não dá para imaginar
que atualmente faltam professores de geografia no Brasil,
não é mesmo? Mas a verdade é essa. Um
estudo do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais), do Ministério da Educação,
aponta que o país precisa atualmente de 17.500 docentes
para atender à demanda dos ensinos fundamental (de
5ª a 8ª séries) e médio.
Nos últimos dez anos, formaram-se 53.500 pessoas com
licenciatura em geografia. No entanto as escolas precisam
de 71 mil professores. Somadas com outras licenciaturas, como
história, física e matemática, há
250 mil vagas sobrando para docentes.
Isso dá alguma vantagem para quem procura um curso
de graduação em geografia. Primeiramente, pelo
mercado de trabalho, embora os salários iniciais de
professores não sejam os mais atrativos (veja quadro).
Em segundo, por alguns benefícios que têm surgido
para as licenciaturas.
O Fies (Financiamento Estudantil), do governo federal, privilegiou
neste ano em sua seleção as licenciaturas. A
PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul) oferece 40% de desconto para a área.
Na Ulbra (Universidade Luterana do Brasil), o desconto é
de 63%. Já na Unicsul (Universidade Cruzeiro do Sul),
a graduação é gratuita.
O curso
De acordo com Antonio Nivaldo Hespanhol, da Unesp,
a geografia estuda a relação da sociedade com
o ambiente. Para isso, o profissional terá de estudar
disciplinas vinculadas às ciências humanas, como
história, sociologia, antropologia e economia, e também
matérias relacionadas à natureza, como geologia,
climatologia e geomorfologia.
Luis Renato Strauss,
da Folha de S. Paulo.
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