Entrei na EMIA em 1990, quando
tinha 7 anos. Na época, para conseguir uma vaga, minha mãe
ficou dias e dias dormindo na fila de inscrição para matricular
eu e minha irmã. Como sou filha de músico, ao entrar na escola,
mesmo com pouca idade, já trazia uma bagagem musical da teoria
que meu pai já havia me ensinado.
Comecei frequentando aulas semanais, de teatro e artes plásticas.
Aprendi a desenhar, colorir, me soltar e interpretar. Com
o tempo, fui criando interesse pelas outras oficinas da escola
e em matriculei em cursos de dança, violão, flauta e piano.
Tudo isso, sem pagar nada, com ótimos professores, com os
quais ainda mantenho contato, hoje com 22 anos.
Todos os cursos, viagens com as peças, oficinas, trabalhos,
projetos que fiz lá considero essenciais à personalidade que
tenho hoje. Todo o tempo que passei na EMIA foi muito importante,
tanto no meu desenvoldimento artístico, no meu interesse maior
pela cultura nacional e agradeço também a escola pelos bons
amigos que fiz e tenho até hoje.
Sempre que vejo mães e pais, conhecidos ou não, interessados
em matricular os filhos em cursos de arte, digo com o maior
orgulho que fui aluna da EMIA e recomendo que procurem uma
vaga na escola, pois o contato com tudo isso desde cedo, pode
fazer muita diferença na vida de uma criança.
Muitas das pessoas com quem estudei, hoje em dia se formaram
músicos, atores e artes plásticos. Eu optei por outra carreira,
mas até hoje toco em bandas de amigos sempre que possível
e tenho espalhados em casa os trabalhos e desenhos daquela
época, da qual sinto muita saudade.
relato de Naila Maia, ex-aluna da EMIA.
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