RIO -
O nível de contaminação de rios, lagos
e lagoas brasileiras é cinco vezes mais alto que há
dez anos. Este é um dos dados levantados pelo "Relatório
do Estado Real das Águas no Brasil", que será
lançado nesta quarta-feira na sede da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília.
O documento também será apresentado em outubro
na Conferência Mundial da Conferência das Nações
Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD)
em Genebra, na Suíça.
O relatório, apresentado terça-feira no campus
da Praia Vermelha da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), é uma iniciativa da ONG Defensoria da Água,
da CNBB, do Ministério Público Federal e da
UFRJ. O documento também registrou cerca de 20 mil
áreas contaminadas com populações potencialmente
expostas a riscos, normalmente lixões ou áreas
de passivos ambientais das atividades da indústria.
De acordo com o secretário-geral da Defensoria da
Água, Leonardo Moreli, 70% da água é
consumida pela agricultura industrializada, 20% pelas indústrias
de transformação, que devolvem a água
poluída, restando apenas 10% para o consumo humano.
"Isso tem um reflexo sobre a saúde pública,
deixando as populações mais vulneráveis
a doenças e riscos para as próximas gerações,
como infertilidade e alterações genéticas",
disse.
Ele também afirmou que o relatório aponta para
o aumento do risco de escassez de água. "Nós
próximos 10 anos, as regiões metropolitanas
de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo serão
as mais vulneráveis a essa escassez", acentuou.
O relatório pode ser obtido pelo site www.defendoriadaagua.org.br.
As informações são
do Globo Online.
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