O secretário-geral
das Nações Unidas, Kofi Annan, e o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva disseram nesta segunda-feira,
na sede da ONU, em Nova York, que a globalização
ainda não beneficiou os pobres. Ambos frisaram que
o mundo precisa aumentar os esforços para cumprir os
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio — uma
série de metas que os países da ONU se comprometeram
a atingir até 2015, incluindo áreas como renda,
saúde, educação e gênero.
“Não estamos aproveitando o potencial que a globalização
oferece para reduzir a fome e a pobreza, para prover de condições
dignas o mundo do trabalho, para atender as demandas de homens
e mulheres por alimentação, moradia, água,
saneamento, educação e cultura”, declarou
Lula em discurso na reunião da Comissão Mundial
sobre a Dimensão Social da Globalização.
Annan frisou que há benefícios, mas não
para todos. “Os benefícios da globalização
têm sido distribuídos de maneira desigual. Muito
de seu peso recaiu mais fortemente sobre aqueles que menos
podem se proteger. Muitas pessoas, particularmente nos países
em desenvolvimento, sentem-se excluídas e ameaças
pela globalização”, afirmou.
Segundo o secretário-geral, ainda há “um
longo caminho” para se atingirem os Objetivos de Desenvolvimento
do Milênio. “Para tornar os Objetivos mais próximos
da realidade, precisamos reforçar a vontade política
para manter nossas promessas, e encontrar um ponto comum necessário
para renovar nosso sistema multilateral”, disse Annan.
Lula também destacou a necessidade de colaboração
entre os países. “Os desafios e dilemas de nossa
sociedade planetária exigem soluções
integradas e vontade comum”, defendeu. “Precisamos
globalizar os valores da democracia, do desenvolvimento e
da justiça social para dar resposta ao preocupante
déficit de governança mundial”.
As informações são
do site PNUD Brasil.
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