MANAUS.
Na inauguração do restaurante popular Prato
Cidadão, patrocinado pela Coca-Cola e instalado no
centro de Manaus, o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva disse ontem que não pode esperar a retomada do
crescimento para combater a fome que atinge hoje 11 milhões
de famílias. Em seu discurso, o presidente disse que
transformar a questão da fome em problema político
não é pedir que os famintos se filiem a partidos
e sim fazer com que a sociedade tenha sensibilidade e ajude
a resolver o problema:
"Durante anos, maturei na minha cabeça a idéia
de que a fome só seria combatida se conseguíssemos
transformá-la de problema social, que é, para
um problema político. E isso não é pedir
que os famintos se filiem a partidos, é fazer com que
a sociedade que manda, que governa, que come, tenha sensibilidade
para a questão".
Lula rebateu as críticas às ações
sociais e afirmou que não faltam os incrédulos,
que em nada acreditam e que nada fazem para as coisas acontecerem:
"Não faltam no Brasil os incrédulos. O
Fome Zero é um programa de emergência".
O presidente voltou a dizer que está pedindo aos líderes
internacionais que discutam a questão da fome no mundo
e quer aproveitar a assembléia anual da ONU, em setembro,
para isso. Lula reafirmou que está com a "consciência
tranqüila" de que vai cumprir tudo o que prometeu:
"Isso sem a pressa dos apressados, mas com a cautela
de quem sabe que o passo só pode ser dado pelo tamanho
que nossa perna alcança".
As informações são do jornal O Globo.
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