O Brasil
é destaque no indicador do Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) que destaca a transparência
no processo eleitoral.
O Índice de Democracia Eleitoral (IDE) sintetiza as
condições em que ocorreram as eleições
desde 1990 nos 18 países estudados.
O cálculo do IDE se baseou em quatro fatores: os graus
de participação da população,
de interferência nos resultados das urnas - fraudes,
compra de votos, intimidações -, de liberdade
de candidaturas e alternativas de voto e de importância
do voto no acesso a cargos públicos. A medição
varia de 0 a 1 - quanto mais alto, maior o grau de democracia
eleitoral. O Brasil atingiu grau 1 (veja relação
abaixo).
Outro indicador é o Índice de Apoio à
Democracia (IAD), baseado em uma pesquisa de opinião
pública com 18.643 cidadãos latino-americanos
nos 18 países, além de 231 líderes regionais,
incluindo sindicalistas, empresários, acadêmicos,
jornalistas e políticos. No Brasil, foram feitas mil
entrevistas com habitantes de áreas urbanas. Os entrevistados
foram classificados como democratas, não-democratas
ou ambivalentes.
O Brasil tem menos democratas do que a média da América
Latina. Em 15° lugar em relação à
população considerada democrata, o país
está à frente somente de Equador, Paraguai e
Colômbia. Apenas 30,6% dos brasileiros se enquadram
nessa classificação (veja relação
abaixo).
Democratas como ideal
Segundo o documento, democratas são aqueles com
atitude permanentemente positiva em relação
à democracia em três aspectos: apoio às
instituições representativas, à democracia
como sistema de governo e a limitações ao poder
do presidente. Os ambivalentes apóiam instituições
como o Congresso e os partidos, mas são favoráveis
à centralização do poder pelo presidente,
considerado acima das leis. Os não-democratas mostram-se
contrários aos preceitos democráticos nos três
aspectos pesquisados e são os que mais concordam com
frases como "não importa se um governo é
autoritário, desde que ele resolva os problemas".
O relatório coloca que as situações
ideais para o futuro da democracia se dão quando o
percentual de democratas atinge a maioria da população,
quando eles formam o grupo mais ativo da sociedade e quando
as opiniões ambivalentes estão mais próximas
das dos democratas do que das dos não-democratas.
As informações são do Zero Hora.
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