BRASÍLIA.
O presidente Lula deve aprovar hoje, em reunião com
seus ministros, o novo valor do salário-mínimo
que passará a vigorar em 1 de maio. Caso prevaleça
a proposta da equipe econômica, o mínimo passará
de R$ 240 para R$ 260, e o salário-família,
de R$ 13,48 para R$ 25. Esses reajustes representarão
uma despesa adicional no Orçamento de 2004 de R$ 1
bilhão, que precisará ser coberta com o aumento
da arrecadação de impostos e de contribuições.
"Essa fórmula de reajuste beneficia mais quem
mais precisa e não impacta a Previdência",
disse ontem o ministro do Planejamento, Guido Mantega, defendendo
a combinação entre aumento do mínimo
e do salário-família.
R$ 75
O ministro explicou que o governo tem uma grande preocupação
de elevar a renda das famílias mais pobres, mas não
pode inviabilizar as contas da Previdência e das pequenas
prefeituras com o aumento do mínimo. Com o reajuste
do salário-família, que hoje está em
R$ 13,48, as famílias com três ou mais filhos
deverão receber um acréscimo de até R$
75 no salário de R$ 260, chegando a uma renda de R$
335.
Nos últimos dias, Lula analisou várias simulações
sobre o impacto do salário-mínimo nas contas
públicas. Esses númenos mostram que, se o reajuste
for acima de R$ 260, haverá uma redução
nos gastos com investimentos. Caso o mínimo suba para
R$ 270, serão necessários mais R$ 2 bilhões
para cobrir este ano.
As informações são
do jornal O Globo.
|