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economia
23/04/2004
Bird: ‘Lula promove uma revolução no Brasil’

WASHINGTON. O presidente do Banco Mundial (Bird), James Wolfensohn, disse ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “está promovendo uma revolução” no Brasil com a sua política econômica e social. Wolfensohn disse acreditar que o Brasil conseguirá reduzir pela metade a pobreza no país até 2015, conforme as Metas de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidas pelo Bird.

"Agora, quando se conversa com gente de negócios na América Latina, e também com a sociedade civil, nota-se que houve uma mudança de tom, particularmente no Brasil. Eu penso que o Brasil pode avançar e alcançar as metas (de redução da pobreza), e acho que é realmente importante que o Brasil faça isso, por causa do seu tamanho e de sua importância na América Latina", disse Wolfensohn em entrevista coletiva, no segundo dia da reunião semestral conjunta do Bird e do Funco Monetário Internacional (FMI).

Mudança de cultura
O executivo sugeriu aos brasileiros que tenham paciência, dando a Lula tempo suficiente para desenvolver programas como o Fome Zero, em vez de exigir resultados imediatos. Wolfensohn disse que “não se fazem mudanças desse tipo da noite para o dia” e que está havendo no Brasil, na verdade, “uma mudança de cultura”.

"O que o presidente Lula está fazendo é talvez a mais importante tentativa no mundo hoje: criar eqüidade social num país muito grande, e no qual ele está reunindo todos os segmentos para atingir um novo objetivo, que é a justiça social, que é colocar alimentos na mesa dos brasileiros, e realizar aquilo que é uma revolução em seu país: fazer com que ricos e pobres se unam para obter uma distribuição de renda mais justa, para que haja crescimento na sociedade", disse o presidente do Bird.

Segundo ele, não se devem aguardar resultados imediatos e, sim, “olhar para a consistência naquilo que ele (Lula) está fazendo”. E completou:

"Acho que o ministro da Fazenda e as equipes econômica e social estão realmente dando os passos certos. Eu não acho que cem dias sejam suficientes para isso. Não acho que um ano seja suficiente para isso. Mas o que o governo está fazendo me parece responsável e creio que será eficaz. Essa é a minha opinião".

Por sua vez, a diretora-gerente interina do FMI, Anne Krueger, disse que o Fundo permitirá que o governo brasileiro reforce os investimentos no setor social com recursos que já tinham sido alocados no Orçamento para outras áreas. O mais importante, disse ela, é que os gastos sociais sejam mais bem aproveitados “e atinjam os fins desejados”.


As informações são do jornal O Globo.

   
 
 
 

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