O secretário
de Reforma do Judiciário, Sérgio Renault, disse
acreditar que no prazo de 40 dias o plenário do Senado
aprovará a reforma do Judiciário, que poderá
ser promulgada em breve.
Mas o Ministério da Justiça tentará
reverter no plenário do Senado a aprovação
da chamada súmula vinculante, mecanismo que obriga
juízes de instâncias inferiores a seguirem decisões
do Supremo Tribunal Federal (STF).
A medida, um dos principais pontos da reforma do Judiciário,
foi acolhida pela Comissão de Constituição
e Justiça (CCJ) da Casa e agora aguarda aprovação
em plenário para ser promulgada. Mas, segundo o secretário
de Reforma do Judiciário, até lá o ministério
vai trabalhar para tentar retirar a súmula vinculante
do texto da reforma.
“O Ministério da Justiça vai tentar reverter
essa posição, apesar de reconhecer que não
é muito fácil. Temos um volume de argumentos
muito forte a favor da súmula vinculante”, observou
o secretário, durante o 9.º Congresso Nacional
dos Procuradores do Trabalho, que ocorreu neste fim de semana
em Brasília.
Renault destacou que nem mesmo no governo federal há
um consenso sobre a súmula vinculante, que tem o objetivo
de diminuir o volume de recursos e dar maior agilidade à
Justiça.
“A maior parte dos senadores, pelo menos na CCJ, se
convenceu que é uma medida importante para desafogar
os tribunais superiores, mas nós vamos tentar usar
os nossos argumentos e mostrar que há outros remédios
que devem ser utilizados com o mesmo objetivo”, afirmou.
Para o secretário, se for aprovado em plenário,
esse mecanismo dará “poderes excessivos”
ao STF. “É necessário realmente diminuir
o número de recursos que tramitam nos tribunais superiores,
mas não é possível utilizar um remédio
que tenha um efeito colateral tão danoso para o próprio
Judiciário”, avaliou.
As informações são
da Gazeta do Povo.
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