A brasiliense
Daniele Ferreira tem apenas 16 anos e já está
bastante preocupada com seu futuro profissional. Ou seja,
ainda no 2ª série do ensino médio, não
pára de pensar nos estudos e nas etapas que tem de
ultrapassar para chegar preparada no mercado de trabalho.
"Ultimamente, só tenho pensado em vestibular.
A gente ouve o tempo inteiro que o mercado de trabalho está
muito difícil, e passar numa boa faculdade é
o caminho para conseguir um bom emprego no futuro", afirma
Daniele.
A estudante brasiliense é um retrato fiel da maioria
dos jovens do País, segundo a pesquisa Perfil da Juventude
Brasileira, iniciativa do Projeto Juventude/Instituto de Cidadania
com parceria do Sebrae e do Instituto de Hospitalidade, divulgada
ontem no auditório da sede do Sebrae, na Asa Norte.
A pesquisa constatou que, entre os temas de maior interesse
dos jovens entre 15 e 24 anos estão educação
(ir à escola, fazer vestibular e faculdade), com 38%
dos entrevistados, seguido pelo trabalho (ter emprego e futuro
profissional), com 37%. Na região Centro-Oeste, os
números são, respectivamente, de 43% e 26%.
Drogas e sexo, dois temas freqüentemente relacionados
à juventude, receberam apenas 7% e 6%, respectivamente,
dos votos dos entrevistados. Na Região Centro-Oeste,
as drogas receberam somente 4% dos votos de interesse, e os
números referentes ao tema sexo não foram divulgados
por região.
Entre os problemas que mais preocupam o jovem, atualmente,
estão a segurança/violência, com 55% dos
votos (44% no Centro-Oeste), o emprego, com 52% (também
52% no CO), e as drogas, 24% (22% no CO).
A pesquisa ouviu 3.501 jovens, de 198 municípios diferentes,
entre os meses de novembro e dezembro do ano passado. A margem
de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou
para menos.
A estudante Lara Waihrich Rosa, 19 anos, faz administração
de empresas no UniCeub, e também se preocupa bastante
com estudo e trabalho.
"O meu futuro profissional é o tema que mais
passa pela minha cabeça. Essa visão de que o
jovem só quer saber de sexo e drogas é muito
generalista".
A pesquisa também constatou que o jovem adora a própria
juventude. 45% dos entrevistados acreditam que não
ter muita responsabilidade é a melhor coisa de ser
jovem, e 26% responderam que não há nada ruim
em ser jovem. O balconista Thiago César Abreu, de 21
anos, concorda.
"Eu tenho preocupações, sim, como qualquer
outra pessoa. Mas acho que estou na melhor fase da vida, a
mais divertida. É muito bom ser jovem", garante
ele, que largou o curso de administração no
meio, mas pretende voltar, para ''conseguir emprego melhor
para sustentar minha esposa e filha''.
As informações são do Jornal do Brasil.
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