O diretor
de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal,
delegado Getúlio Bezerra, anunciou ontem, durante o
Seminário Internacional de Armas, organizado pelo governo
do estado e pela ONU no Hotel Intercontinental, em São
Conrado, que até o fim de maio já estará
funcionando no Rio a primeira delegacia federal especializada
na repressão ao contrabando de armas. Bezerra disse
que a intenção da PF é instalar uma unidade
em todos os estados brasileiros. O encontro se estenderá
até amanhã e discutirá formas de cooperação
entre instituições públicas no combate
ao tráfico de armas na América Latina.
A governadora Rosinha Matheus abriu o seminário e
voltou a falar que pretende encaminhar à Assembléia
Legislativa um projeto de lei criando uma gratificação
para os policiais que apreenderem armas de fogo. O projeto,
em estudo, prevê o pagamento de R$ 200 a quem apreender
armas pesadas, como fuzis e submetralhadoras, e R$ 100 a quem
recolher pistolas e revólveres. O governo do estado
pretende também premiar os cidadãos que entregarem
voluntariamente suas armas à polícia.
"Cada governo tem a sua responsabilidade, mas também
precisamos do apoio do governo federal na vigilância
de portos, aeroportos e rodovias federais para impedir a entrada
de armas", disse Rosinha.
O secretário de Segurança, Anthony Garotinho,
voltou a criticar a medida provisória do governo federal
que permite o porte de armas de fogo às guardas municipais
em cidades com mais de 50 mil habitantes.
"Estamos colocando armas nas mãos de pessoas
que não têm qualificação. E no
momento em que o país busca o desarmamento. Teremos
mais 200 mil armas em circulação".
Garotinho, que ontem completou um ano à frente da
Secretaria de Segurança, fez um balanço de sua
administração e anunciou um orçamento
de R$ 3,4 bilhões para este ano:
"É o maior da história da Secretaria de
Segurança".
As informações são
do jornal O Globo.
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