Manter
o padrão de vida, priorizar a profissão e ter
oportunidade de curtir o casamento foram os propósitos
que levaram o casal Cássia Balaró Tasselli,
40, e Cláudio Ugo Tasselli, 42, a optar por ter uma
única filha, Alessandra, que hoje tem dez anos.
Já o casal Andréa Cugnasca, 33, e Luiz Roberto
Cugnasca, 47, pais do garoto Gabriel, 4, decidiu não
ter mais filhos por conta da situação econômica
do país.
"Hoje é muito difícil você ter um
filho e dar a ele uma boa educação sem dispor
de recursos. Então, para garantirmos o melhor para
ele, decidimos que não teríamos mais crianças
em casa", afirmou Andréa.
Estabilizada financeiramente, Cássia, que é
psicóloga e está casada com um engenheiro de
uma empresa multinacional há 17 anos, disse que demorou
seis anos para resolver engravidar.
O principal obstáculo do casal era saber como manter
a mesma qualidade de vida, sem perder espaço. "A
mulher hoje tem outras prioridades além de ter um filho.
A mulher quer cuidar mais de si, quer seguir uma carreira
e quer ser reconhecida. Por isso, muitas optam por ter filhos
mais velhas, quando já estão estabelecidas",
disse Cássia.
A insegurança social e o medo da violência, também
são fatores ponderados pelos casais no momento de ter
um filho. Na opinião de Cássia, educar uma criança
requer responsabilidade e para isso não basta apenas
que os pais tenham um emprego.
"Eu teria condições financeiras para criar
e educar um, dois, três filhos. Mas hoje as coisas estão
diferentes. É preciso mais que isso. É necessário
um conjunto de fatores para que a criança cresça
com maturidade."
Tanto Cássia, como Andréa também se preocupam
em educar os filhos de maneira sadia, sem exageros, para evitar
que eles sejam mimados.
"O Gabriel sempre me pede um irmão. Mas eu e meu
marido já decidimos que isso não vai acontecer.
Assim, a gente tenta suprir a ausência de outra criança
desenvolvendo atividades variadas com ele para que ele não
fique sozinho", disse Andréa.
As informações são
da Folha de S.Paulo. |