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pesquisa
30/09/2004
Hábitos do brasileiro se transformam em 10 anos

Mais poupador em casa, aficionado por celular e adepto à Internet, com menos filhos e preferindo a TV ao rádio. Esse é o perfil do brasileiro que emerge da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2003, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio.

A Pnad radiografa as condições econômicas e sociais do país. Ao apresentar números, também indica hábitos e costumes. Nos últimos 10 anos, o brasileiro mudou. Um dos xodós é o telefone móvel. O número de casas onde o celular é o único meio de telefonia aumentou 31,3%, de 2002 para 2003. É mais do que o dobro do crescimento registrado na pesquisa anterior.

"O resultado pode ser um indicativo do uso do celular para suprir a falta da linha fixa", observa o estudo do IBGE.

A pesquisa constata outra vedete: o computador. Foi o bem durável que mais explodiu. Das casas pesquisadas, 15,3% têm o equipamento, 11,4% navegam na Internet.

Outra predileção é a geladeira de duas portas, que substitui o freezer, mais gastador de eletricidade. Para a analista da pesquisa do IBGE, Vandeli dos Santos, a opção se acentuou a partir do racionamento de energia, em 2001. A TV firmou-se na preferência. Adorna a sala de 90% das casas, enquanto o rádio caiu para 87,8%.

O brasileiro está encolhendo a família. A média de filhos está na faixa de reposição, 2,1 por mãe. Como reflexo, o número de pessoas na casa diminuiu de quatro para 3,6. E a turma dos vovôs aumentou.

A Pnad equilibra notícias ruins e boas. O prato das más é pesado: o poder aquisitivo dos trabalhadores despencou 7,4%, de 2002 para 2003. Outra carga desagradável: a taxa de desocupação, o temível desemprego, passou de 9,2% para 9,7%.

Mas o prato das boas notícias é alentador. Conforme a pesquisa do IBGE, os serviços públicos de água, energia e coleta de lixo melhoraram, 97% das casas estão iluminadas. Diminuiu o abismo entre os mais ricos e os mais pobres que recebem salários. Em 1993, os 10% detentores dos melhores salários abocanhavam 49% da massa salarial. No outro extremo, os 10% com menores salários recebiam apenas 0,7%. Em 2003, a proporção foi suavizada: 45,3 % (mais ricos) a 1%.



NILSON MARIANO
do jornal Zero Hora

   
 
 
 

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