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"Será que esses
vestais da Policia Federal que hoje dispensam seu tempo sujando
os dedos dos americanos sem finalidade definida, e apoiados
pelo não menos vestal governo federal, não poderiam
estar em nossas fronteiras fiscalizando a entrada incontrolável
de armas e tóxicos que dizimam nossa juventude? Não
seria essa uma ação mais condizente com nossas
necessidades, enquanto cidadãos? É como você
diz, o assunto é "uma asneira",
Alberto Remonte
- alberto@lsiservicos.com.br
“O antiamericanismo do brasileiro dura até conseguir
o green card! Essa história é o cúmulo
da estupidez”,
Emerson Fernandes Marçal
- efmarcal@terra.com.br
“Este governo Bush trata
os países pobres como lugares onde moram pessoas sem
nenhuma dignidade e amor próprio. Mentem dizendo que
o fichamento é para a segurança de seu povo,
assim como mentiram sobre sua última guerra, motivada
na realidade para impedir a adoção do "Euro"
como moeda de referência dos países produtores
de petróleo, o que destruiria completamente com o dólar.
O fichamento é para barrar a imigração.
Não foi a toa que logo depois soltaram um plano de
regularização dos imigrantes ilegais que moram
e trabalham naquele país, ou seja, a política
tradicional do "morde e assopra" para satisfazer
todos os setores da população e garantir a reeleição
de seu governo. Com o mesmo cinismo e hipocrisia, podemos
dizer que as nossas retaliações servem para
evitar a entrada de possíveis biopiratas em nosso país.
Se o governo brasileiro está se aproveitando deste
fato para ganhar dividendos políticos com a sua população,
isto é condenável, mas não há
dúvidas de que é correto reagir contra a humilhação
internacional promovida pelos Estados Unidos, mesmo que esse
remédio amargo represente perda de dinheiro com o turismo
e a humilhação recíproca dos cidadãos
americanos”,
Ricardo Antônio Corrêa
- ricardo.a.correa@itelefonica.com.br
“Aplausos mil para a sua
posição referente ao fichamento de americanos.
É, realmente um desperdício de recursos públicos
e um excelente meio de afugentar turistas que viriam trazer
divisas para nós. É coisa de mentalidade "vira-lata
"”,
Rubens Brea - rubensbrea@ig.com.br
“O maior absurdo nem é
o fichamento, é uma coisa chamada visto de trânsito.
Graças a esta invenção americana, um
sujeito que mora no Rio Grande do Sul, e queira viajar ao
Japão, com escala em Los Angeles, enfrentará
uma epópeia. Não para conseguir entrar no Japão
(país vítima do terrorismo americano), mas sim
pra ir até São Paulo. Tem de pagar uma fortuna
em taxas, hospedagem, com toda a família, enfrentar
uma fila quilométrica na embaixada americana, só
para pegar um visto, e olha que não vai sair do aeroporto.
Diante de tudo isto, sujar o dedinho e esperar uns minutinhos
na fila é fichinha. Mesmo assim, a embaixadora americana
fala em discriminação. Quem é ela para
falar para nós o que é discriminação?
Aquele piloto americano devia dar graças a Deus que
nossa reciprocidade não é tão recíproca...
Senão, imagina o que aconteceria com um brasileiro
que aprontasse a mesma coisa em um aeroporto Yankee?”,
Rogério Souza da Silva,
Ribeirão Pires – SP - rogersilva9@hotpop.com
“Confundir o governo Bush
com a sociedade dos EUA é uma distorção”,
Mário Peixoto, Maringá
– PR – MarioLinsP@aol.com
“O Brasil clama, sim, por
mais respeito frente ao mundo! Não podemos mais aceitar
que sejamos olhados como aqueles "que poderiam ter sido",
como aqueles "que poderiam ter feito". Devemos assumir,
efetivamente, a nossa soberania nacional! E assumi-la representa
assumir o risco e "impostarmos-nos de fora com uma espada"
em defesa dos nossos: do povo brasileiro!! A reciprocidade
é a melhor solução? Não sei. Mas
o importante é que, dessa vez, assumimos o risco e
não deixamos para depois”,
Juliana Guimaraes Cruz
- cruz.juliana@uol.com.br
“Morei e trabalhei nos Estados
Unidos de 1958 a 1974, e depois de 1987 a 2001. Claro que
podemos apontar mil defeitos daquela sociedade, mas não
podemos ser injustos e não apontar as qualidades. Penso
que fui mais bem aceito lá como imigrante do que qualquer
estrangeiro seria aceito aqui. Com relação ao
assunto dos vistos, acho que perdermos uma grande oportunidade
de nos afirmar perante o mundo que não precisamos de
todas essas medidas de segurança porque somos um povo
pacífico e amado. E ao mesmo tempo convidando a todos
a virem aqui para nos visitar, sem nenhum impedimento burocrático.
Isso seria bom, muito bom politicamente e ainda melhor economicamente.
Demos, a meu ver, um tiro no pé”,
Marcio V. Pinheiro, Belo Horizonte
– MG – wefp.bh@terra.com.br
“Evidente que o controle
americano nada tem a ver com ataques terroristas (embora eles
falsamente afirmem isto), mas sim com a imigração
de latinos americanos em seu país. Em primeiro lugar
porque nos ataques de 11 de setembro, ao que se saiba, não
havia nenhum mineirinho de Governador Valadares no comando
suicida dos aviões que explodiram em Nova Iorque. Também,
como se sabe, brasileiro não é muito afeto a
atos de terrorismo. Para falar a verdade, brasileiro não
reivindica sequer os seus direitos, não tendo participado
de nenhum evento histórico de transformação
no seu próprio país, o que se dirá em
promover ataques terroristas à metrópole do
império (seja ela portuguesa ou americana). Fica claro,
assim, o que está por trás da medida discriminatória,
insidiosa, pérfida do governo americano, ao "fichar"
brasileiros exatamente da mesma forma que são fichados
os criminosos. Pouco interessa o tempo que este processo leva,
mas o ato em si, humilhante, como toda discriminação
o é. No início da "era" nazista, os
judeus também eram identificados e fichados. Depois
passaram a ser marcados com uma estrela, para no final serem
segregados, presos e, mortos. Não quero dizer que a
imbecilidade do presidente americano chegue a esse extremo,
mas ele está no caminho. As vítimas, agora,
são as raças inferiores, entre estas, nós,
latinos. Estes, para entrar na sede do império precisam
ser fichados. As raças superiores, europeus em geral,
não precisam. É contra essa situação
que a "reciprocidade" tem efeito. Para mostrar aos
americanos que aqui chegam, turistas ou não, a barbaridade
que o governo deles está fazendo, o caminho perverso
da discriminação que está sendo trilhado
pelo Sr. Bush. Talvez ao passarem pela humilhação
que nós brasileiros somos submetidos no país
deles, despertem para a barbárie que está sendo
perpetrada, sob o jugo do "combate ao terrorismo".
Até porque foram imigrantes que construíram
e transformaram aquele país na potência que é
hoje. O que nós brasileiros queremos não é
vingança barata. Queremos alertar os americanos (e
o mundo) para o crime hediondo que começa a ser posto
em prática pelos republicanos americanos. Se vamos
perder receita com estas medidas, podemos dar a mesma resposta
utilizada pela Embaixadora Americana no Brasil: "Este
é um preço que teremos que pagar". Vamos
pagar este preço sim, ou em breve poderemos estar caminhando
em Manhattan com um "L" de "latino" estampado
no braço”,
Antonio Carlos da Veiga, Curitiba
– PR – daveiga@terra.com.br
“Se a estima do brasileiro
estivesse no fundo do poço, ele condenaria a medida
do governo e sairia em defesa dos americanos. Como aconteceu
o contrário, podemos concluir que um pouco de auto-estima
ainda existe. Sabemos que, muitas vezes, um ato simbólico
representa muito mais do que uma ação concreta.
Todos sabemos que o Governo Lula está querendo marcar
uma posição de autonomia com relação
ao governo americano, não por uma questão política
ou ideológica, mas comercial, para aliviar as restrições
que os EUA têm nos imposto. Assim, essa medida simbólica
cai muito bem. Mas, alguns amigos turistas americanos foram
prejudicados? Sem dúvida, foram. E isso é lamentável
porque eu também aprecio o povo americano, mas, convenhamos
que esse transtorno é muito pequeno em relação
ao transtorno que é imposto aos brasileiros que visitam
os EUA e, também, é um ônus muito pequeno
comparado com os males das guerras que os EUA fazem nos outros
países para defender seus interesses econômicos”,
César Cantu
- cfocus@uol.com.br
“A atitude que estimulada
no artigo - a de que o povo é "inocente"
pelas ações de seu governante - é justamente
a que vem causando tanta corrupção e iniqüidade
na história política brasileira. Muitas pessoas
pensam que sua participação cidadã só
acontece a cada quatro anos. Votam sem reflexão, levadas
pela emoção, e depois passam os quatro anos
seguintes criticando o governante e dizendo que "político
é tudo igual", como se elas não tivessem
nada a ver com aquilo. Como se elas e seu governante fossem,
de fato, entidades inconfundíveis, feitas de distinta
matéria”,
Thelma Guimarães -
thelmaguimaraes@yahoo.com.br
“A reciprocidade, no caso,
burra e infantil, só está servindo para projetar
negativamente o nome de nosso país no exterior. O tal
fichamento não tem qualquer propósito, em contraposição
ao dos Estados Unidos que, com todo o seu ranço imperialista,
de fato é o principal alvo do terrorismo internacional.
É vergonhoso”,
Paulo Eduardo B. Ferreira
- pebf@uol.com.br
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