Marina
Rosenfeld
especial para o GD
Valorizar, incentivar e aumentar a auto-estima do profissional
da construção civil (pedreiro, pintor, marceneiro,
etc) é um grande desafio. Acostumados a serem chamados
de “peão de obra”, o baixo salário
e a falta de reconhecimento fazem dessa profissão uma
das mais ingratas. Por isso, há um ano e meio, a Cal
Hidra, empresa que produz insumos para a construção
civil, no Paraná, realiza um programa de relacionamento
com os profissionais desse segmento.
Entre as ações, está o Clube de Incentivo
Hidra, que conta com mais de 12 mil associados na região
sul do país. A associação ao clube é
gratuita e garante vários benefícios ao profissional.
Ele recebe, por exemplo, em seu local de trabalho, uma placa
personalizada de profissional qualificado - com nome, profissão
e telefone para contato -, igual as que recebem arquitetos
e engenheiros. “As placas geralmente só têm
os nomes dos outros profissionais. Quem realmente faz a obra
não é reconhecido”, diz Hugo Weber, da
Cal Hidra.
O integrante do clube recebe mensalmente, em sua casa, o
jornal Prumo & Nível. A publicação
traz informações sobre a construção
civil, histórias de profissionais que participam do
Clube (com fotos de suas obras, por exemplo) e dicas sobre
meio ambiente. “Para esses profissionais, que só
recebem contas para pagar, receber um jornal feito especialmente
para eles já é um reconhecimento”, afirma
Weber.
A iniciativa tem também promoções como
a de um adesivo que, quando identificado por alguém
da empresa no carro do associado, dá direito a uma
caixa de ferramentas e o programa de rádio Construção
Brasil, veiculado semanalmente na Rádio Cultura AM.
A rádio faz entrevistas com profissionais da construção
civil e toca músicas clássicas dos canteiros
de obra.
Os associados recebem ainda um cartão/chaveiro que
dá direito a descontos em supermercados, farmácias,
papelarias e consultas com oftalmologistas.
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