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28/07/2006
Carta da semana
FOZ DO IGUAÇU AJUDA O BRASIL A ENFRENTAR
AS DROGAS
“A problemática das
drogas preocupa a maioria dos brasileiros e atinge proporções
alarmantes em Foz do Iguaçu, já que a cidade é
uma das portas de entrada das drogas ilícitas provindas
do Paraguai. Os reflexos trágicos dessa localização
geográfica são alta taxa de criminalidade, elevados
gastos públicos na área da saúde e da segurança
- mais da metade das cerca de 1400 pessoas detidas nos estabelecimentos
prisionais existentes na cidade são traficantes. A Secretaria
Municipal de Saúde - ano após ano -contabiliza
que a nossa maior causa de mortes são as causas externas,
que em saúde pública significa acidentes e homicídios.
Sabemos que é urgente
o desenvolvimento de projetos de prevenção ao
uso indevido de drogas em nosso meio. O município,
através do prefeito Paulo Mac Donald Ghisi, está
assumindo sua responsabilidade nesta missão. É
o primeiro município do Brasil a contar com uma Secretaria
Antidrogas e tem desenvolvido ações de governo
que visam a integração de todos os esforços
e recursos no sentido de proporcionar aos cidadãos
locais uma melhor qualidade de vida, o que por si só
já se constitui em instrumento de prevenção
do uso de drogas.
A prefeitura de Foz do Iguaçu
tem como meta construir e colocar em funcionamento estrutura
denominada Centro de Integração Escola-Bairro,
em diferentes regiões da cidade. Tais estruturas -
semelhantes aos CEUS construídos em São Paulo
- são compostas por equipamentos de aprendizado, de
esporte e de lazer e têm a finalidade de oferecer aos
estudantes e seus familiares, oportunidades de desenvolvimento,
com o objetivo de fortalecer a sua cidadania. O primeiro desses
centros já funciona, na região de Três
Lagoas, na qual reside cerca de 10% da população
do Município. No momento dois outros estão sendo
construídos em outras regiões populosas da cidade.
Ao mesmo tempo em que se consolida a estrutura física
de tais centros, as Secretarias Municipais de Educação,
Antidrogas, Esportes e Lazer, Saúde e Saneamento, Ação
Social e Fundação Cultural, aglutinam esforços
para oferecer à comunidade condições
e oportunidades de desenvolvimento pleno dos seus potenciais
individuais e coletivos.
Além de oferecer alternativas
de trabalho formal para as famílias que se encontram
na exclusão social, entendemos que é fundamental
conscientizar a população local dos malefícios
provocados pela manutenção das atividades criminosas
ligadas ao narcotráfico, como o roubo de veículos,
o contrabando de armas, e toda a violência delas decorrentes.
Entendemos que, assim o fazendo, estaremos ajudando o Brasil,
já que uma boa parte da droga que os brasileiros consomem
passa por aqui. No entanto, é preciso que o Brasil
nos ajude, trazendo para cá investimentos capazes de
gerar empregos, para que possamos mudar o perfil da nossa
população, a qual, deixando a informalidade,
não será mais cooptada pela covardia dos narcotraficantes,
que usam a miséria para obter lucros e destruir vidas”,
José Elias Aiex Neto
- j.aiex@uol.com.br
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