O ranking
de qualidade do ensino (Ideb) divulgado pelo Ministério
da Educação pode ser comemorado porque se atingiu
uma meta prevista para 2009. Mas ninguém pode ser iludir
- o resultado é péssimo. Terrivelmente péssimo:
os jovens saem da escola, no final do ensino médio,
sem saber ler e escrever direito.
A melhoria pode ser atribuída a uma série de
fatores: 1)os esforços de governos para formar os professores
e aprimorar os currículos; 2) a valorização
das metas; 4) pressões de toda a sociedade para evitar
o abandono; 4) por questões demográficas, há
menor taxa de natalidade, logo menos pressões por matrícula
no ensino fundamental.
Há quem argumente (e com razão) que a meta
estabelecida para 2007 era baixa. Com isso, se facilitou o
pulo para 2009.
Nosso drama é que existe uma corrida. Fixamos para
2022 atingirmos a meta dos países em desenvolvimento.
Só que, nesse ano, esses países estarão
mais avançados ainda.
A grande notícia, essa sim extraordinária,
é como a educação brasileira está
aprendendo a acompanhar qualidade de ensino - esse tipo de
indicador é o que vai municiar a pressão crescente
dos cidadãos.
Coluna originalmente
publicada na Folha Online, editoria Pensata.
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