O apelo para que as Forças
Armadas entrem na guerra contra a criminalidade é um
misto de ilusão e desespero.
Desespero porque é o reconhecimento de que a polícia
perdeu o controle, é refém da marginalidade
e de que a crise social produz cada vez mais violência.
Ilusão porque, primeiro, as Forças Armadas
não estão preparadas para enfrentar bandidos
comuns. Mesmo que entrem nesse campo, não ficarão
por muito tempo. No mais, terão de atender demandas
por todo o país.
Mas, como bem percebeu Garotinho, é um bom jeito de
dividir responsabilidades perante a opinião pública.
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