José Serra está passando
a impressão de que não está inteiramente
focado na cidade de São Paulo, que é vítima
de uma devastadora crise financeira. Vemos aqui serviços
essenciais lentos, alguns deles quase parando, por falta de
recursos. E já sabemos que, no próximo ano,
a situação pode ainda piorar.
Apesar disso, o futuro prefeito transmitiu a impressão
de que não largaria tão facilmente a presidência
do PSDB. A acumulação dos cargos é inviável,
até porque já estamos em fase inicial de sucessão
estadual e federal, o que vai exigir duras e cansativas negociações
nacionais.
O recado das urnas paulistanas foi claro: elegeu-se um prefeito
não por causas federais ou estaduais, mas apenas para
resolver questões locais.
Não é um bom começo para Serra que,
durante a eleição criticado por seus amigos
por estar supostamente mas de olho em Brasília do que
em São Paulo. E ele se esforçou para provar
o contrário.
Coluna originalmente publicada na
Folha Online, na editoria Pensata.
|