Num esforço para demonstrar
ofensiva contra o crime, o presidente Lula anunciou que vai
recrutar mais 50 mil jovens para servir nas Forças
Armadas - assim ficariam longe da delinqüência
e aprenderiam uma profissão. É daquelas medidas,
por mais bem-intencionadas, que geram mais discussão
e notícias do que resultados.
Não vai ser recrutando 50 mil jovens, em todo o país,
que se vai atacar a criminalidade. Talvez tivesse o mesmo
efeito (e fosse mais baratos) oferecer-lhes uma espécie
de bolsa-escola para concluírem seus estudos e desenvolverem
alguma habilidade.
Consistente mesmo seria montar um grande acordo de governadores
e prefeitos que, juntos com o governo federal, tratariam de
agir em conjunto nas áreas deflagradas, oferecendo
os mais diversos tipos de serviços - da transformação
da escola em centro comunitário a programas de lazer
e de geração de renda.
Isso teria o Dom de criar zonas modelares para criação
de capital social, capazes de se reproduzir em todo o país.
Insisto que não se vê ainda, nem remotamente,
um plano sério de combate à insegurança.
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